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    Bolha na Bolsa? Para CEO da B3, preços não refletem irracionalidade

    Gilson Finkelsztain diz que alta superior a 60% nas cotações reflete juro baixo e procura por empresas que cresceram na crise

    Salão da bolsa paulista, a B3: mercado vive novo momento de euforia apesar da pandemia
    Salão da bolsa paulista, a B3: mercado vive novo momento de euforia apesar da pandemia Foto: Paulo Whitaker/Reuters

    O Ibovespa subiu mais de 60% desde o fundo do poço no fim de março, saltando do patamar de 63.500 pontos para os 100 mil pontos já no fim de julho.

    Em uma economia que caminha para a maior recessão em mais de um século, a retomada nos preços das ações levantou dúvidas em alguns analistas sobre a existência de uma bolha, nome dado para o fenômeno de forte valorização de ativos sem que haja fundamentos concretos.

    “Muita gente pergunta se estamos tendo uma bolha”, disse Gilson Finkelsztain, presidente da B3 (a Bolsa brasileira), em entrevista online feita nesta terça-feira (4) pela Febraban, a entidade que representa os grandes bancos. “Não vejo os preços de ativos no Brasil refletindo uma irracionalidade.”

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    O executivo citou que muitas empresas cujas ações estão hoje com níveis até superiores aos que eram vistos antes da crise, em meados de março, são de setores que de algum modo até se beneficiaram do atual cenário. É o caso do comércio online.

    Após ter chegado a cair cerca de 45% de janeiro até meados de março, o Ibovespa subiu por quatro meses seguidos, reduzindo a queda no acumulado em 2020 para pouco mais de 10%.

    Finkelsztain disse que fatores como a queda do juro básico para mínimas históricas no país tem levado muitos investidores nacionais a buscar ativos de maior risco em busca de maiores rentabilidades. A taxa Selic está em 2,25% ao ano e deve cair mais na reunião do Copom desta quarta-feira (5).

    Como consequência, além da recuperação dos preços das ações já listadas, muitas empresas que haviam suspendido o processo de estreia no mercado por causa da crise estão retomando os planos.

    “Praticamente todas retomaram seus processos de listagem”, disse Finkelsztain. “E o mercado tem absorvido bastante bem (as ofertas).”

    No entanto o executivo disse ser cético quanto à manutenção desse ritmo frenético de recuperação do mercado no momento em que surgir uma vacina para a Covid-19.

    “Quando a vacina sair, as coisas vão voltar a uma certa normalidade”, afirmou. “Alguns setores vão se destacar, como aqueles ligados a tecnologia.”

    (Com a Reuters)

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