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    Boeing corta produção da aeronave 787, após descoberta de problema estrutural

    A fabricante não divulgou exatamente a nova taxa de produção dos 787, mas disse que ficaria temporariamente abaixo da taxa atual de cinco jatos por mês

    Eric M. Johnson, da Reuters

     

    A Boeing Co disse, nesta terça-feira (13), que cortaria parte da produção da aeronave 787, enquanto trabalha para solucionar um defeito estrutural descoberto em seu avião comercial.

    Agora a empresa prevê entregar menos da metade dos 100 modelos 787 previstos para este ano – em vez da “grande maioria” como até então estava previsto – à medida que faz novas inspeções e reparos para consertar as falhas nas aeronaves.

    A Boeing não divulgou exatamente a nova taxa de produção dos 787, mas disse que ficaria temporariamente abaixo da taxa atual de cinco jatos por mês. No ano até agora, a empresa entregou 156 jatos de todos os tipos e modelos, em comparação com os 157 entregues durante todo o ano de 2020.

    A falha nas aeronaves 787 se refere a lacunas onde os componentes são unidos, causando pressão em anteparos, disse a Administração Federal de Aviação dos EUA (ou FAA, na sigla em inglês).

    A FAA disse, na noite de segunda-feira (12), que a Boeing, que detectou o problema, vai consertá-lo antes da entrega dos aviões.

    Tanto o 737 MAX quanto o 787 foram afetados por defeitos elétricos e outros problemas desde o final do ano passado. Tanto é que a Boeing só retomou as entregas do 787 em março, após um hiato de cinco meses.

    “Continuaremos a dedicar o tempo necessário para garantir que os aviões da Boeing atendam à mais alta qualidade antes da entrega”, disse a Boeing.

    Em junho, a Boeing registrou 146 pedidos de jatos. Esse valor líquido leva em consideração os casos em que o comprador converteu um pedido para outro modelo ou o cancelou totalmente, incluindo 71 jatos 737 MAX, disse a empresa.

    Sua carteira de pedidos aumentou de 4.121 para 4.166 aeronaves, disse a Boeing.

    A Boeing entregou 45 aviões a clientes em junho, seu maior total mensal desde março de 2019, quando ocorreu o segundo de dois acidentes fatais envolvendo o 737 MAX.

    Sua contagem de entrega em junho inclui 10 aeronaves widebody, uma das quais foi um 787-9 da Turkish Airlines, disse a Boeing.

    Também entregou 35 737s, incluindo 33 737 MAXs e duas aeronaves de patrulha marítima P-8 para a Marinha dos EUA.