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    Bitcoin já rende 116% no ano e é um dos melhores investimentos de 2021, diz ranking

    Moeda mais popular do mercado supera com folga rendimento de outros investimentos, como bolsas estrangeiras e commodities, mas há riscos

    Priscila Yazbekda CNN , São Paulo

    Com o forte rali dos últimos dias, o bitcoin aparece como um dos investimentos que mais renderam no acumulado de 2021 até esta quarta-feira (20). É o que mostra um levantamento que compara diferentes aplicações financeiras, tanto no Brasil como lá fora.

    A mais popular das moedas digitais acumula uma alta de 116% no ano até agora e só perde para o Ethereum, a segunda mais famosa criptomoeda, que já subiu 419% no período, conforme revela o ranking elaborado por Marcos Viriato, CEO da Parfin, fintech que conecta investidores institucionais ao mercado de criptoativos.

    O bitcoin ultrapassou nesta terça-feira o recorde de US$ 66 mil. Por volta das 13h, estava cotado em US$ 66.658, segundo o site CoinMarketCap. Só nos últimos 30 dias, a moeda registra valorização de 53,75%. O motivo principal para a forte alta é o lançamento de um ETF de bitcoin na Bolsa de Valores de Nova York, a Nyse.

    Os rendimentos das moedas digitais superam com folga os retornos no ano das bolsas nos Estados Unidos, que subiram entre 14% e 19% (rendimentos do S&P, Dow Jones e Nasdaq); da União Europeia, que registram alta de 25% (segundo o Euronext); e da Ásia, que têm valorização de 11% (de acordo com o MSCI AC Asia Pacific Index). No Brasil, o Ibovespa, principal índice de referência da nossa Bolsa, acumula queda de 3,86% em 2021.

    O ranking mostra que o petróleo do tipo Brent, por exemplo, subiu 91% em 2021. Já as commodities, de forma geral, têm valorização de 30% (segundo o Bloomberg Commodity index – BCOM), enquanto o ouro subiu 6% neste ano (conforme o índice Nasdaq OMX Global Gold & Precious Metals – QGLD). Apesar do bom rendimento, os fundos imobiliários residenciais americanos também perdem para as criptos, com valorização de 26,79% (de acordo com o rendimento dos REITs, referência nos EUA).

    Mas como a rentabilidade passada não é garantia de retorno futuro, o investidor deve ter cautela ao investir em criptomoedas. São ativos de alto risco, que oscilam muito, tanto pelo fato de serem moedas, quanto por serem ativos que envolvem muita especulação e que ainda não são amplamente aceitos como forma de pagamento. Além disso, como já subiram bastante, o espaço para alta agora pode ser menor.

    Ainda assim, Viriato é otimista. “Acredito que o valor do bitcoin continuará a subir. A aprovação do primeiro ETF de cripto nos EUA abriu espaço para a chegada de novos produtos que irão gerar ainda mais demanda neste mercado. Isso deve resultar num reflexo positivo do preço do ativo”, comenta o CEO.

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