Bill Gates pode comprar a parte de ex-mulher na fundação que leva seu sobrenome
Pais da Fundação Bill e Melinda Gates estão fazendo um teste para ver se conseguem coordenar a entidade, após o divórcio anunciado em maio
Bill Gates e Melinda French Gates estão dando a si mesmos um período de experiência de dois anos para ver se conseguem ser pais da enorme fundação de caridade que fundaram.
Quando o casal anunciou seu divórcio há dois meses, eles disseram que os dois permaneceriam como co-presidentes da Fundação Bill e Melinda Gates. Mas, na quarta-feira (7), o CEO da fundação anunciou um plano de contingência “para garantir a continuidade do trabalho da fundação”.
“Se depois de dois anos qualquer um dos dois decidir que não podem continuar a trabalhar juntos como co-presidentes, French Gates renunciará ao seu cargo como copresidente e curadora”, disse o CEO, Mark Suzman.
Se isso acontecer, Bill Gates permanecerá no controle e, essencialmente, comprará a parte dela da fundação, disse Suzman.
Assim, Melinda French Gates receberia “recursos pessoais” de Gates para seu próprio trabalho filantrópico — recursos que seriam “completamente separados de fundo patrimonial da fundação”.
A Fundação Gates é uma das maiores fundações de caridade do mundo, e seus fundadores a consideram seu “quarto filho”, disse Suzman ao Wall Street Journal recentemente. Mas sua reputação está sob escrutínio desde que o casal anunciou seu divórcio em maio. Logo depois, surgiram relatos na mídia sobre o suposto comportamento impróprio de Bill Gates com funcionários da Microsoft décadas atrás.
Em outro golpe potencial para a fundação, um de seus maiores investidores, Warren Buffett, renunciou ao cargo de curador no mês passado. Buffett, um amigo de longa data de Bill Gates, não especificou por que estava indo embora. “Meus objetivos estão 100% em sintonia com os da fundação, e minha participação física não é de forma alguma necessária para alcançá-los”, escreveu ele.
Além da contingência de separação, o casal anunciou que havia comprometido US$ 15 bilhões para a fundação.
Os Gates também estão expandindo o número de curadores supervisionando a governança da fundação para “trazer novas perspectivas, ajudar a orientar a alocação de recursos e direcionar a estratégica, além de garantir a estabilidade e sustentabilidade da fundação”.
Nas duas décadas desde sua criação, a fundação contribuiu com mais de US$ 55 bilhões — grande parte da riqueza pessoal dos Gates — para uma ampla gama de iniciativas relacionadas à saúde global, redução da pobreza e, mais recentemente, distribuição global de vacinas contra Covid-19. Como co-presidentes, os Gates conduziram a visão da organização, cabendo a Suzman supervisionar as operações do dia a dia.
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