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    Bancos e operadoras de telecomunicação lideram ranking de reclamações

    Boletim "Consumidor em Números" divulgado nesta segunda mostra que serviços financeiros representaram 14,2% do total de reclamações registradas no ano passado

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O setor de telecomunicações liderou as reclamações de consumidores no ano passado, segundo informações do boletim “Consumidor em Números”, divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).  

    De acordo com o documento, a área representa 18,3% das reclamações totais feitas na plataforma do consumidor do governo. Em segundo lugar estão os serviços financeiros, com 14,2% das reclamações. É bom lembrar que o ranking não pondera o total de clientes das empresas. Logo, empresas com mais clientes tendem a ter mais reclamações.

    O boletim também mostra que entre os assuntos que mais geraram relatos negativos estão as instituições financeiras e administradoras de cartão de crédito (26,8%), operadoras de telecomunicação (26,6%), comércio eletrônico (10%), transporte aéreo (5,5%) e bancos de dados e cadastros de consumidores (4,4%).  

    O relatório aponta uma alta de 427,8% na quantidade de reclamações de serviços de viagem, turismo e hospedagem – setor afetado negativamente pela pandemia do novo coronavírus desde o ano passado. O segmento de água e saneamento teve alta de 280,2% nas reclamações, seguido pelo de energia elétrica, que subiu 249,2%.  

    O ano passado trouxe um recorde quando o assunto é a análise da segurança dos produtos, sendo que mais de 75 mil foram analisados, incluindo brinquedos, cerveja, alimentos, medicamentos e peças automotivas – o maior número nos últimos 10 anos, representando um aumento de 300% em comparação com 2019. Em 2020, 129 produtos passaram por recalls, a maioria no setor automotivo, seguido por medicamentos.  

    Ao todo, segundo o ministério, foram registradas mais de 3 milhões de reclamações nos órgãos governamentais oficiais. “Mais de 1 milhão de reclamações registradas no portal consumidor.gov.br no ano passado tiveram atendimento no prazo médio de até 8 dias. Cerca de 78% das demandas foram solucionadas”, diz o documento. O órgão afirma que os Procons integrados ao Sindec realizaram mais de 2 milhões de atendimentos em 2020, com “índice médio de solução também de 78%”.

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