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    Banco executa garantia e dono da Azul perde 81% das ações preferenciais

    Venda de mais 9,3 milhões de ações não foi uma decisão do empresário, mas uma forma de garantia de um empréstimo pessoal tomado por David Neeleman em 2019

    Fernando Nakagawada CNN

    Em meio à queda acentuada das ações da companhia aérea Azul nas última semanas, o fundador da empresa David Neeleman viu sua participação nas ações preferenciais cair em 81%. Essa venda de mais 9,3 milhões de ações, no entanto, não foi uma decisão do empresário. Bancos tomaram os papéis para garantir um empréstimo pessoal de US$ 30 milhões tomado por Neeleman em 2019.

    Em comunicado ao mercado, a empresa esclarece o fundador fez o empréstimo pessoal no ano passado e deu as ações da Azul como garantia “dado que ele não tinha intenção de vender suas ações da Azul por acreditar em seu potencial”. Mas, com a crise gerada pela pandemia e a queda das ações houve uma “chamada de margem no empréstimo”.

    Essa situação de “chamada de margem” ocorre quando os ativos dados como garantia – como as ações – não são mais suficientes para cobrir o financiamento e é preciso dar mais garantias extras ao banco. Em muitas vezes, essa garantia extra é executada automaticamente pela instituição financeira.

    Na nota, a Azul explica que “devido à velocidade do movimento (de queda do valor das ações) e o fato de ele ter outros investimentos no setor sem liquidez como TAP e Breeze (empresa criada nos Estados Unidos), não houve tempo para levantar a liquidez adequada”. “Assim, os bancos custodiantes executaram a garantia”, cita a nota da aérea.

    A empresa reforça na nota que David Neeleman afirma que “não vendeu de maneira ativa nenhuma ação da Azul”. Com essa operação, o fundador passa a ter 3,34% das ações preferenciais – aquelas com preferência na distribuição de lucros – e segue com 67% das ações ordinárias – aquelas que dão direito a voto nas decisões da empresa.

    Às 13h30, as ações preferenciais da Azul subiam 1,80%, a R$ 16,44.

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