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    Banco do Brasil precisa continuar com gestão pró-mercado, dizem analistas

    A maior preocupação de agentes do mercado financeiro com a saída de Rubem Novaes da presidência do BB é com uma possível mudança de rota na condução do banco

    Thais Herédiada CNN

    A maior preocupação de agentes do mercado financeiro com a saída de Rubem Novaes da presidência do Banco do Brasil é com uma possível mudança de rota na condução do banco estatal. O pedido de renúncia do executivo pegou muitos gestores e economistas de surpresa, ninguém esperava a decisão mesmo sabendo das insatisfações de Novaes com as dificuldades de lidar com o setor público. 

    Rubem Novaes tinha planos de privatizar o Banco do Brasil, projeto que contava com o apoio e simpatia do ministro Paulo Guedes mas não dos funcionários do BB ou mesmo do Congresso Nacional. Ainda que a gestão tenha melhorado nos últimos anos, a instituição não tem uma blindagem capaz de evitar que erros cometidos no passado se repitam. 

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    Um dos temores dos analistas ouvidos pela coluna é que a cadeira de Novaes seja usada para agradar ao Centrão, que cresce como aliado político do presidente Jair Bolsonaro. Segundo eles, o papel de braço financeiro público já está sendo exercido pela Caixa Econômica, por um executivo que veio do mercado, Pedro Guimarães, e assim deve se manter.

    Desde 2016, com alguns percalços, o BB vinha sendo administrado de forma mais pró-mercado, deixando o perfil de instrumento de política pública do governo para trás.

    Prova disso foi a valorização das ações da estatal negociadas no mercado financeiro desde então até a chegada da pandemia, que fez os preços despencarem na bolsa de valores, não só para a instituição. 

    Dias antes do impeachment de Dilma, em fevereiro de 2016, o papel chegou ao fundo do poço, valendo R$ 13,00 e desde então vem se recuperando. Alcançou quase R$ 54,00 em meados do ano passado e sustentava um valor mais alto até a chegada da pandemia. 

    Hélio Magalhães, atual presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, foi apontado por alguns analistas como um bom nome para suceder Rubem Novaes. Ele é executivo com experiência no mercado, foi CEO do Citibank Brasil por muitos anos e manteria o caráter mais profissional, pró-mercado.

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