Balança comercial registra déficit de US$ 1,12 bilhão no primeiro mês do ano
Compra de produtos estrangeiros somou US$ 15,933 bilhões, avanço de 8,3%. Já as exportações somaram US$ 14,808 bilhões, alta de 12,4%
Puxada, por altas nas importações e exportações, a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 1,125 bilhão em janeiro de 2021. O valor é melhor que o resultado do primeiro mês do ano passado, quando o saldo ficou negativo em US$ 1,684 bilhão.
Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (1º). No total, a compra de produtos estrangeiros somou US$ 15,933 bilhões, 8,3% maior que o resultado de janeiro de 2020. O valor é o maior desde janeiro de 2015.
Já as exportações de produtos brasileiros somaram US$ 14,808 bilhões, com alta de 12,4%. Entre os principais parceiros comerciais do Brasil, as vendas aumentaram 41,4% e 19,4% para Argentina e China, Hong Kong e Macau, respectivamente. Para os Estados Unidos e União Europeia recuaram 4,4% e 5,6%.
Com exceção da Argentina, as importações para esses parceiros recuaram. A compra de produtos e serviços argentino, no entanto, avançou 30,2% em janeiro.
Apesar do saldo negativo, a corrente de comércio, que serve como termômetro para a atividade econômica, avançou 10,2% ante o mesmo mês de 2020. No total, a soma das exportações e importações brasileiros foi US$ 30,741 bilhões.
Por setores
A exportação de produtos do setor agropecuária caíram 2,6% no mês passado. Já os demais setores, registraram alta: as vendas da indústria extrativa e da indústria de transformação a países estrangeiros cresceram 35,3% e 6%, respectivamente.
Nas importações, o destaque fica com o setor agropecuário, que teve alta de 22,3% – puxada pela compra de soja. A compra das indústrias extrativa e de transformação subiram 7,6% e 6,5%.
A equipe econômica espera que a balança comercial avance 3,9%, com saldo positivo de US$ 53 bilhões, em 2021. A expectativa é que o número seja resultado de US$ 221,1 bilhões em exportações e US$ 168,1 bi em importações. Para a corrente de comércio, é esperada alta de 5,5%, para US$ 389,2 bilhões. No ano passado, o superávit foi de US$ 50,9 bi.
