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    Auxílio tem dado sobrevida ao comércio, diz assessor da Fecomercio-SP

    Guilherme Dietze falou sobre ampliação do horário do comércio em SP. Para ele, alteração é positiva, mas não significa mais rentabilidade para os comerciantes

    O governo de São Paulo deve ampliar de quatro horas para seis horas o funcionamento do comércio nas cidades que estão na segunda fase do plano de reabertura econômica. Em compensação, os estabelecimentos que optarem por essa medida terão que fechar durante três dias na semana.

    No entendimento do assessor econômico da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Guilherme Dietze, a alteração é positiva, mas não significa mais rentabilidade para os comerciantes, embora dê perspectiva por conta do auxílio emergencial.

    “Não necessariamente. Vai depender muito de cada comércio, mas temos visto um lado positivo por conta do auxílio emergencial, que tem dado sobrevida ao comércio varejista não só no estado de São Paulo, mas no Brasil inteiro”, avaliou. “Então, a prorrogação por mais dois meses será muito positiva para a continuidade e boa perspectiva do empresário para o futuro próximo”, acrescentou.

    Dietze ainda considerou que “é preferível ter a abertura de seis horas do que ficar fechado como seria na fase laranja”. “E isso já era um pleito da Fecomercio-SP desde o começo de maio, então começamos a ter uma possível abertura”, avaliou. 

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    Ele analisou que, para os funcionários do comércio, a mudança no período de funcionamento significa também a volta do salário normal e a chance de aumentar os ganhos no caso daqueles que recebem comissão. 

    Dietze ainda citou que a crise econômica e o isolamento social afetaram dois setores em especial: da venda de veículos e vestuário. “No primeiro, você precisa ter dinheiro segurança no seu emprego para o financiamento a longo prazo. No outro, temos a característica de que o brasileiro gosta de provar [as roupas], ir até a loja e poder trocar se precisar”, exemplificou. 

    Em relação à retomada econômica, o assessor econômico disse que “uma melhora significativa” já começou a ser vista em junho em relação a maio e abril. Ele pontuou, no entanto, que os dados seguem negativos caso comparados com os indicadores do mesmo período no ano passado.

    Por fim, Dietze disse que a retomada deve ser “lenta e gradual”. “Não adianta a gente esperar nada muito significativo para este ano. Não adianta ser otimista nem pessimista, vamos ser realistas. Estamos com dificuldade muito grande e muita gente desempregada, mas pelo menos no último trimestre do ano em – outubro, novembro e dezembro – uma melhora para entrar em 2021 com uma perspectiva de retomada um pouco mais forte”, concluiu.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

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