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    Auxílio emergencial: Não há previsão de extensão no momento, diz Waldery

    Em balanço dos impactos das medidas para o combate à Covid-19, Rodrigues disse que os gastos com o auxílio somam R$ 321,8 bilhões

    Lorenna Rodrigues e Idiana Tomazelli, , do Estadão Conteúdo

    O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse nesta sexta-feira, 30, que não há previsão, no momento, de extensão dos pagamentos do auxílio emergencial.

    Em balanço dos impactos das medidas para o combate à Covid-19, Rodrigues disse que os gastos com o auxílio somam R$ 321,8 bilhões, mesmo valor considerado em apresentações anteriores.

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    Na entrevista coletiva, o secretário destacou as medidas adotadas pelo governo, como o benefício emergencial, que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas.

    “O fundo do poço ficou em abril, maio, tanto em relação à arrecadação quanto à atividade econômica”, afirmou o secretário.

    Ele ressaltou que a redução de riscos fiscais e defesa do teto de gastos continuam sendo a premissa da equipe econômica.

    Dívida pública

    Rodrigues também disse que o governo adotará todas as medidas ao alcance para reduzir a dívida. Segundo projeções do Tesouro Nacional, a dívida bruta do governo deve encerrar o ano em 96,0% do PIB e continuar subindo até chegar ao pico de 100,8% do PIB em 2026.

    “Faremos todas as medidas ao alcance para reduzir a dívida”, afirmou Waldery.

    Ele destacou ações como a devolução antecipada de recursos pelo BNDES, a obtenção de dividendos junto a bancos públicos e desinvestimentos feitos por estatais (que também podem incrementar o pagamento de dividendos).

    O governo já está em negociações com o BNDES para a devolução antecipada de R$ 100 bilhões no início de 2021 para reforçar o colchão da dívida – a reserva para o pagamento de vencimentos de títulos públicos.

    “É possível e até desejável que haja novas devoluções antecipadas pelo BNDES”, disse Waldery, ressaltando que essa decisão respeitará indicadores de liquidez e governança do próprio banco.

    O secretário afirmou ainda que a venda de reservas internacionais, se forem realizadas, também podem reduzir a dívida. A gestão das reservas internacionais é feita pelo Banco Central.

    PIB

    O Ministério da Economia informou que uma queda menos intensa do PIB este ano pode fazer a dívida se elevar menos em 2020. A projeção oficial, considerando uma queda de 5,0% do PIB, prevê que a dívida bruta termine o ano em 96,0% do PIB.

    Caso o PIB caia 4,0%, a dívida bruta fecharia em 94,91% do PIB. Se o recuo for de 3,0%, o indicador da dívida terminaria em 93,80% do PIB.

    Já no caso de um aprofundamento da recessão, o efeito seria contrário. Com queda de 6,0%, a dívida bruta fecharia em 97,2% do PIB. Com recuo de 7,0%, a dívida terminaria em 98,38% do PIB.

    Meta flexível

    Depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) alertar que a meta flexível de resultado primário proposta pelo governo não condiz com exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia disse que o governo está disposto a debater com o Congresso mudanças nesse ponto.

    Em entrevista coletiva, Waldery disse que se reuniu com o relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), senador Irajá Abreu (PSD-TO), para tratar do assunto.

    O secretário ressaltou que, em abril, quando o projeto da LDO foi elaborado, havia “fortíssimas incertezas” em relação às projeções para a economia brasileira. “Analisamos o acórdão do TCU sobre meta flexível. Houve redução de incertezas agora. Ficamos à disposição do Congresso Nacional quanto a esse ponto”, afirmou.

    Ele acrescentou que a votação da LDO é uma agenda prioritária. Sem a aprovação da lei, que precede a lei orçamentária, o governo fica sem regras para gastar o Orçamento de 2021. “O Congresso está ciente disso”, completou Waldery.

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