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    Aspirador robô entra na casa dos brasileiros, e vendas crescem 401% em 2020

    Em números absolutos, foram vendidas mais de 175 mil unidades no país, a um preço médio de R$ 805

    Wesley Santana, colaboração para o CNN Brasil Business

     

    Robô aspirador de pó
    Robô aspirador de pó
    Foto: Kowon vn / Unsplash

    Um novo eletrodoméstico parece ter caído na graça dos brasileiros: o aspirador de pó robô. Segundo dados da consultoria GFK, durante o ano de 2020, as vendas deste produto cresceram cerca de 401% no país em comparação com o ano anterior.

    Em números absolutos, foram vendidas mais de 175 mil unidades no país, a um preço médio de R$ 805. Este valor, no entanto, tem uma forte variação e é possível encontrar exemplares por preços que vão de R$ 400 até R$ 5 mil, a depender da marca e das funcionalidades.

    O iRobot, por exemplo, um dos mais sofisticados, é compatível com assistentes virtuais, tem monitoramento via celular, programação de limpezas e até emite relatórios de atividades.

    E são esses modelos mais rebuscados que estão mais presentes nos lares, com uma fatia de 28%. Na sequência, produtos de entrada, que custam até R$ 600 passaram de 13% para 28%. Os intermediários, por sua vez, com preços de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, perderam participação e caíram de 36% para 14% em 2020.

     

    O isolamento social — provocado pela pandemia de Covid-19 — teve um papel fundamental nestes resultados, segundo Fernando Baialuna, diretor de varejo da GFK. Ele explica que, passando mais tempo em casa e tendo que fazer tarefas complexas, os consumidores terceirizaram algumas atividades, como aspirar o pó. A tendência é que, mesmo com o fim do isolamento, esse item continue em alta.  

    “O mercado brasileiro ainda tem espaço e potencial para equipar o lar. Nesse caso específico, três tipos de brasileiros compraram o produto: o de classe A, que optou pelos produtos mais caros, e os de classe B e C, que compraram produtos mais simples”, detalha. Essa era uma categoria de nicho, mas ganhou bastante importância nesses tempos de pandemia e, por isso, deve continuar crescendo”, prevê. 

    Notebooks tiveram alta de 56%

    As vendas de notebook também apresentaram forte alta em 2020, apresentando variação positiva de 56% em relação à 2019, motivada também pela pandemia. Durante o ano, muitas empresas trocaram desktops por computadores portáteis para que seus funcionários pudessem trabalhar remotamente. Além disso, muitos fizeram upgrade de máquinas e outros realizaram a sonhada compra do primeiro equipamento.

    Para 2021, a tendência é que a venda de notebooks também continue em alta. Isso porque, conforme avalia Baialuna, o mercado brasileiro ainda tem muito espaço e potencial para vendas de notebooks, com uma estimativa de demanda reprimida de 25 milhões de possíveis vendas. “O desafio desta categoria é controlar o preço, principalmente pelas questões cambiais, e decidir formas de conceder crédito e prazo aos clientes, que vai viabilizar mais compras”, conclui.