Amaro negativa emissão de carbono e espera crescimento 50% maior em 2021
Para se tornar mais sustentável, segundo o CEO da empresa, Dominique Oliver, foi preciso mapear toda a cadeia, de matéria-prima ao delivery
A RetailTech Amaro se tornou uma empresa livre de emissão de carbono (CO²), negativando 30 mil toneladas de emissões em 2021 — duas vezes mais do que seria necessário para ser uma companhia carbono neutro.
Para atingir essa marca, segundo o CEO da empresa, Dominique Oliver, foi preciso estudar toda a cadeia da Amaro: desde a matéria-prima utilizada nos itens vendidos até o transporte e a entrega.
“A gente fez esse projeto ao longo dos últimos três anos, algo bastante complexo, junto a uma consultoria que nos assessorou para mapear a pegada de carbono de todos os processos. Com isso, conseguimos identificar os quilos de carbono emitidos por categoria e por subcategoria”, explica Oliver. “No início deste ano terminamos esse processo e chegamos a 15 mil toneladas de carbono emitidas”, conta.
Para se tornar negativa, a empresa avalia a sua operação, mensura seu impacto, reduz o que é possível e compensa duas vezes suas emissões de CO². “Nós tentamos reduzir o máximo possível por meio de melhorias de processo e de produtos e entregas mais sustentáveis”, afirma.
Essa redução de emissões ainda é feita por meio da compra de créditos de carbono, que são certificados digitais que representam o quanto de dióxido de carbono uma empresa deixou de lançar na atmosfera ou o quanto de sua emissão foi evitada por meio de projetos ambientais.
Oliver conta que a compra de carbono financia projetos de preservação da Amazônia e em projetos de aterro sanitário no Brasil.
A empresa também diz que está ampliando o portfólio de produtos sustentáveis a fim de minimizar o impacto no lixo. Com a escolha da matéria-prima, para Oliver, a companhia “prioriza materiais sustentáveis, como o algodão orgânico, tecidos certificados, acetato e poliéster”, o que reduz o impacto ambiental.
Para as entregas, nada de caixas de papelão ou plástico virgens: é tudo reciclado.
O fio condutor
A previsão da Amaro para este ano é de um crescimento 50% — a companhia não abre números. Mas o crescimento deve ser impulsionado pelo fator pandemia, que fez com que mais pessoas passassem a fazer mais compras no e-commerce.
Para Oliver, a pandemia fez com que houvesse uma “democratização” mais forte da marca. “Percebemos um crescimento muito alto de novas compradoras na pandemia. Houve meses na pandemia com recordes de novas compradoras, e essas pessoas continuam comprando conosco”, diz.
“A aquisição de clientes é um pilar muito importante ao construir um negócio. E, no outro lado, mudou um pouco o perfil das compradoras. Antigamente, a Amaro era muito para mulheres digitalmente empoderadas nas principais capitais do país e, durante a pandemia, isso mudou, e houve uma certa democratização do e-commerce”, afirma.