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    Vaivém de preços do bitcoin mostra que o ano será turbinado para as criptomoedas

    Essa busca por retornos e otimismo desenfreado sobre o futuro não está apenas turbinando a subida da bitcoin

    Foto: REUTERS/Dado Ruvic

    Julia Horowitz,

    do CNN Business, em Londres

    Os investidores estão se preparando para um 2021 turbinado. Quer provas? Veja o preço da Bitcoin.

    Apenas algumas semanas atrás, Wall Street assistiu com admiração enquanto a criptomoeda ultrapassava a marca de US$ 20 mil. Neste fim de semana, ela disparou acima de US$ 30 mil pela primeira vez.

    A criptomoeda é notoriamente volátil, e a ansiedade de que um crash possa estar no horizonte continua. Depois de estabelecer um novo recorde acima de US$ 33 mil no sábado (2), os preços caíram drasticamente para US$ 27.630 antes de se recuperar para perto de US$ 33.670 na segunda-feira (4).

    Porém, mais tarde, a moeda digital chegou a cair mais de 16%, mas reduziu a perda e mostrava declínio de 5,73%, a US$ 31.200.

    Mas depois de fechar 2020 com ganhos de cerca de 300%, um número crescente de traders, em busca de rendimento em um mundo de baixa taxa de juros, está dando uma nova olhada na Bitcoin.

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    Essa busca por retornos e otimismo desenfreado sobre o futuro não está apenas turbinando a subida da Bitcoin.

    Apesar do início de uma pandemia devastadora, 2020 conseguiu ser o ano da corrida do “tudo ganha”. Uma enxurrada de apoio de bancos centrais e governos deu aos investidores a confiança para olhar para o boom econômico que se seguirá à recessão da Covid-19. De acordo com o Deutsche Bank, 28 dos 38 ativos não monetários que o banco acompanhou registraram retornos positivos nos últimos 12 meses.

    Os investidores estão trazendo a mesma energia para 2021, apesar de uma perspectiva alarmante de vírus e da disseminação de novas variantes ainda mais contagiosas da Covid-19. 

    “Minha tese fundamental sobre os mercados de capital de curto prazo é que entraremos em 2021 com um ambiente de mercado robusto e quase sem precedentes”, afirmou o CEO da LionTree, Aryeh Bourkoff, em uma carta aos clientes em dezembro.

    Bourkoff apontou três forças que devem manter aquecidos ativos como ações: o impacto positivo contínuo do estímulo, a distribuição de vacinas contra a Covid-19 e a facilidade crescente com que as empresas podem levantar capital nas bolsas.

    Em suma, espera-se que as grandes tendências que marcaram o final de 2020, quando as ações atingiram recordes de alta, tenham resistência.

    O clima está claro, com os traders voltando ao trabalho após o feriado, com as ações na Ásia e na Europa subindo e o mercado futuro dos EUA ganhando terreno. Os preços do ouro, da prata, do petróleo e do euro também subiram. A principal exceção continua sendo o dólar norte-americano, que permanece sob pressão.

    “Embora esperemos que as coisas melhorem em algum momento deste ano, percebemos que a jornada será acidentada e começa com muitos de nós trabalhando em casa, mantendo distância dos outros e tentando manter os entes queridos seguros”, disse Kit Juckes, estrategista do Société Generale.

    “Os mercados financeiros, entretanto, estão em um mundo pós-pandêmico desde o final de março”.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).