CCR vence disputa por Aeroporto da Pampulha (MG) por R$ 34 milhões
Valor mínimo da oferta era de R$ 9,846 milhões; leilão foi disputado pelo Consórcio Asa e pela CCR, que também opera o aeroporto de Confins
Administrado hoje pela Infraero, o aeroporto Carlos Drummond de Andrade (SBBH) — conhecido por Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG) —, foi concedido para exploração da iniciativa privada nesta terça-feira (5), em leilão realizado pela B3.
O lance que encerrou a disputa, de R$ 34 milhões, foi dado pela Companhia de Participações em Concessões, braço estratégico da CCR, que também opera o aeroporto de Confins (MG). A proposta representa um ágio de 245,29% em relação ao valor previsto em edital. O valor mínimo da oferta era de R$ 9,846 milhões.
Além da companhia vencedora, também participou dos lances o Consórcio Asa. O edital do leilão estima em R$ 340,36 milhões as receitas do negócio.
O valor inicial oferecido pela CCR foi de R$ 9.846.910 contra R$ 13.400.000 do Consórcio Asa, que fez um total de oito lances, e optou por não cobrir o nono, feito pela concorrente.
A concessão está prevista para durar 30 anos, com investimentos estimados pelo governo do estado em R$ 151 milhões.
Desse montante, cerca de R$ 65 milhões devem ser investidos nos primeiros três anos, na modernização do local, que atende, principalmente, ao tráfego de aeronaves da aviação executiva e aviação geral.
A CCR prevê que as obras comecem logo que os próximos rituais após o leilão sejam concluídos. Com esse movimento, a companhia passa a administrar 17 aeroportos pelo país
“A Pampulha faz parte do plano de tornar cada vez maior a plataforma de operação de aeroportos da CCR. Vamos criar novas rotas e complementar essas rotas, dada essa escala enorme que passamos a operar”, disse Cristiane Gomes, responsável pela CCR Aeroportos.
Em discurso após o evento, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) — cuja gestão contabilizou sua primeira concessão nesta terça-feira — ressaltou que o foco de sua administração tem sido equilibrar as contas do estado, que é deficitário, e falou sobre a importância das privatizações nesse cenário.
“Como estado quebrado, não temos condições de fazer investimentos necessários nesses negócios. Tudo que é possível nesse sentido tem sido feito e, mesmo assim, temos um estado com déficit. Espero voltar aqui muitas vezes, inclusive com os grandes ativos do estado, como Codemig, Cemig, Copasa”, disse.
Zema disse que as próximas concessões previstas pelo governo de Minas é do Ginásio Mineirinho, do terminal rodoviário de BH e de lotes rodoviários.