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    Adiar precatórios fere credibilidade, diz economista sobre novo Bolsa Família

    Camargo tem sido ouvido ao longo dos últimos meses pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de reformulação do Bolsa Família

    do CNN Brasi Business, em São Paulo*

     

    Com o objetivo de espaço no Orçamento para um novo Bolsa Família com pagamentos acima de R$ 300, o governo prepara um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) para tornar possível o parcelamento de dívidas reconhecidas pela Justiça, chamadas de precatórios.

    “Se eu tivesse que definir prioridades (para um novo programa social), eu certamente não adiaria o pagamento dos precatórios”, disse à CNN José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos e coordenador econômico da pré-campanha à Presidência do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. 

     

    “Dívidas têm que ser pagas da forma como foram definidas, na hora que foram feitas. Não importa se forem do governo ou privadas. Isso é fundamental para que dar credibilidade à economia. Na hora que vc faz uma emenda constitucional mudando a estrutura das dívidas, isso é um problema”, diz

    Camargo tem sido ouvido ao longo dos últimos meses pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a necessidade de reformulação do Bolsa Família. 

    Camargo ressalta, porém, a importância do governo sugerir uma fonte para financiar um novo programa social que exija mais do orçamento, já limitado, da União, respeitando o teto de gastos, limite constitucional que limita os gastos à inflação do ano anterior.

    “Antes da regra do teto, ninguém sabia de onde vinha o dinheiro quando se queria aumentar um programa tão importante como o Bolsa Família. Agora, não”, diz. 

    Camargo diz ainda que o Bolsa Família é um programa barato para os cofres públicos, atende à população mais pobre e é “extremamente importante, de maneira que precisa ser preservado e, se possível, aumentado”. Ele pondera, porém, que a estrutura de programas sociais brasileira poderia ser muito mais eficiente do que é. “Os gastos sociais no Brasil privilegiam os idosos em detrimento de crianças, pessoas, em grande, de classe de média baixa e não pobres”, diz.

    *Publicado por Ligia Tuon

    Notas de 100 reais / dinheiro
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    Foto: Allan Carvalho/NurPhoto via Getty Images