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    Ação da Oi tem alta em setembro – e Bradesco vê espaço para subir mais 70%

    O banco acredita que, a partir da agora, as ações da operadora vão atrair um tipo diferente de investidor, mais focado no médio e longo prazo

    André Jankavski,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    As ações da Oi (OIBR3 e OIBR4) são algumas daquelas que possuem uma grande torcida nas redes sociais. E o mês de setembro tem sido positivo para os donos dos papéis: até a segunda-feira (14), as ações ordinárias da Oi subiram 9% e as preferenciais quase 19%.

    Mas, mesmo com todos os problemas que a empresa está passando, ainda há espaço para mais altas: e ela pode chegar até a 70% em comparação ao valor do pregão desta segunda-feira (14). Pelo menos, é isso o que o Bradesco BBI acredita.

    Em relatório a clientes, o banco afirma que o “bebê Oi” está se tornando um “adolescente”, em alusão ao sucesso que a empresa teve recentemente em sua assembleia com os acionistas.

    Apesar das divergências que se arrastaram ao longo da reunião com os bancos, que pressionaram até o último minuto para que a assembleia fosse adiada, a companhia conseguiu ter o apoio necessário para iniciar uma reestruturação ampla dos seus negócios. Os próximos passos, agora, serão a saída do setor de telefonia e internet móveis, passando a atuar como uma empresa de infraestrutura de fibra ótica.

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    Orelhão da Oi
    Orelhão da Oi
    Foto: Reuters/Ricardo Moraes

    Para completar, a companhia aceitou a proposta de compra de ativos móveis feita pelas operadoras Vivo, Tim e Claro por R$ 16,5 bilhões. O processo de venda, no entanto, precisa passar por um leilão de ativos.

    Porém, com essa proposta, o consórcio se colocou como “stalking horse”, o que dá direito do grupo de companhias cobrir uma eventual oferta maior por outra concorrente. Porém, é necessário que a nova oferta seja no mínimo 1% superior ao montante equivalente à soma do valor proposto a ser pago em dinheiro.

    Todos esses fatores foram suficientes para o Bradesco enxergar um grande espaço de aprovação para as ações ordinárias da companhia. Segundo os analistas Fred Mendes, Cristian Faria e Gustavo Tiseo, a ação pode chegar a valer R$ 3,10 – a previsão anterior era de R$ 2,10. A ação fechou esta segunda a R$ 1,85.

    “A aprovação do plano, que permite desinvestimentos de ativos, foi um importante passo para o desenvolvimento de uma estratégia para recuperação, que também reduz o risco, diz o relatório.

    Caso a assembleia fosse negativa para a Oi, o Bradesco havia precificado que as ações da Oi poderia cair para R$ 0,53. 

    Os analistas também acreditam que a administração da Oi conseguirá alavancar as vantagens competitivas da empresa em infraestrutura para acelerar a expansão da área de fibra ótica, o que deve aumentar a receita e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

    “Olhando para o futuro, esperamos que os investidores prestem mais atenção às operações da Oi, que devem atrair um tipo diferente de investidor mais focado no médio e longo prazo”, diz ele. 

    Porém, também há riscos. O Bradesco destaca o grande desconto de 60% na dívida com os bancos que a Oi conseguiu durante a assembleia. O problema, no entanto, é que as instituições como Caixa e Banco do Brasil (BBAS3) pretendem entrar na Justiça contra essa redução. 

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    (com informações da Agência Estado)

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