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    A investidores, Guedes rebate ‘pessimismo’ e promete reforma tributária na terça

    Ministro da Economia participou de live da XP Investimentos e desconversou sobre nova CPMF

    O ministro da Economia, Paulo Guedes: compromisso renovado com o controle dos gastos
    O ministro da Economia, Paulo Guedes: compromisso renovado com o controle dos gastos Foto: Anderson Riedel - 15.mai.2020/PR

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que irá entregar a proposta do governo para a reforma tributária na próxima terça-feira (21).

    “Nós vamos à casa do Davi Alcolumbre (presidente do Senado)”, afirmou Guedes na noite desta quinta-feira (16) em live para investidores promovida pela XP Investimentos.

    Guedes tentou passar uma mensagem de otimismo apesar da pandemia do novo coronavírus e da previsão neste ano da maior retração da economia brasileira em mais de um século.

    O ministério prevê uma retração de 4,7%, enquanto o mercado projeta uma queda de 6,1%.

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    Segundo o ministro, o governo conseguiu atacar os três gastos principais do governo federal: a Previdência, o salário do funcionalismo e os juros. Guedes afirmou que, mesmo com a crise, o Congresso está trabalhando e entregando reformas. A começar pela reforma tributária.

    Cedo para o pessimismo

    Na linha de quem vende otimismo, Guedes disse que, “olhando para a frente”, vê que o Brasil tem números muito bons: afirmou que as exportações deste semestre estão quase iguais ao do primeiro semestre de 2019, argumentou que as pessoas não viam juros de 2% há anos e que este mês foi o melhor da Caixa Econômica Federal em relação aos financiamentos de imóveis. 

    O ministro afirmou que muitas pessoas falam que o Brasil demoraria para subir e comentou: “é muito cedo para ser tão pessimista.” E citou a importância de medidas como o auxílio emergencial. 

    “O que vejo é o auxílio emergencial fazendo o papel dele; setores que continuam andando, como a construção civil e os digitais; e, principalmente, o crédito chegando às empresas, finalmente.” 

    CPMF e dividendos

    Sobre a criação de um imposto sobre transações financeiras nos moldes da antiga CPMF, Guedes afirmou: “Se eu for começar a reforma tributária pelo que nos desune, ela acaba antes mesmo de começar”. Foi uma referência à resistência de grande parte da sociedade e da classe política ao tributo, que chegou a causar a queda do então secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, em 2019.

    E afirmou que a proposta para a tributação de dividendos está pronta, embora não será entregue na terça. Segundo Guedes, o imposto sobre dividendos “vai subir” porque hoje está em “zero”. 

    ‘Só saio a bala’

    Questionado sobre o equilíbrio da economia de 2021 para frente, Guedes falou que o compromisso é com o controle de gastos, pois o descontrole no passado “corrompeu” a democracia.

    E afirmou que não pretende deixar o governo: “Eu só saio (do cargo de ministro da Economia) abatido a bala, à força. Eu tenho uma missão. Nossa agenda não é aumentar impostos, é controlar os gastos. Queremos desoneração para todos, não só para quem tem poder político.”

    Mas reafirmou que se Bolsonaro desistir da agenda de reformas ou o Congresso não quiser aprová-las, terá que ir para casa por não ter o que fazer como ministro da Economia.

     (Edição: Marcelo Sakate)

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