WEG sente primeiros impactos do coronavírus no fim do 1º trimestre
Áreas de motores comerciais, de tintas e vernizes já apresentaram reduções importantes nas entradas de novos pedidos na segunda quinzena de março
A WEG teve impacto pontual do coronavírus em suas operações na China, fechadas em fevereiro, como primeira consequência da pandemia do coronavírus, que também provocou queda nas encomendas de produtos no final do mês passado, movimento que deve se prolongar ao longo de 2020.
“As áreas de motores comerciais e Appliance, de tintas e vernizes já apresentaram reduções importantes nas entradas de novos pedidos na segunda quinzena de março”, afirmou a companhia nesta quarta-feira (29) no relatório de resultados do primeiro trimestre.
A fabricante brasileira de motores e de tintas industriais reportou lucro líquido de R$ 440 milhões no período, um aumento de 43,4% ante mesma etapa de 2019, ainda refletindo os efeitos da demanda vigorosa por seus produtos, no Brasil e no exterior.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 619,1 milhões entre janeiro e março, aumento de 34,1% ano a ano. A margem Ebitda subiu um ponto percentual, para 16,7%.
A receita líquida da companhia cresceu 26,7% no trimestre, para R$ 3,71 bilhões. Além da demanda vigorosa de produtos por empresas de papel e celulose, mineração e açúcar e álcool, e de energia elétrica, a receita da WEG ainda foi beneficiada pelo efeito da alta do dólar sobre suas vendas para clientes no exterior, que representaram 54% do faturamento.
A companhia afirmou que tinha R$ 1,59 bilhão em caixa no final de março, queda de cerca de 350 milhões em três meses. Mas a WEG afirmou deter outros R$ 1,81 bilhão aplicados em instrumentos financeiros sem liquidez imediata.