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    Thais Herédia
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    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Sem resposta dura de Israel, mercado deve começar semana sob cautela

    Expectativa pela resposta ao ataque sofrido pelo Irã se mantém

    A semana nos mercados começa sob clima de cautela até que Israel decida se vai, e como, responder aos ataques do Irã. Na noite de domingo, o barril do petróleo operava entre a estabilidade e a queda, numa clara sinalização de que o temor sobre a escalada na tensão no Oriente Médio está contido, por hora.

    Os índices futuros das bolsas americanas também operavam em leve alta e o dólar perdia força frente a uma cesta de moedas. Movimento oposto ao que se viu na última sexta-feira, quando os mercados se prepararam para um conflito grave e imprevisível.

    A força do ataque do Irã surpreendeu, mas a gravidade não aconteceu, o que avaliza o mercado a recuperar as perdas dos últimos pregões.

    Aqui no Brasil, o cenário internacional tem pesado mais do que os fatores domésticos no comportamento dos ativos financeiros. A incerteza sobre os juros americanos têm dominado os negócios e levou o dólar para o maior patamar em meses, resistindo acima dos R$ 5,00.

    O desempenho das commodities em função dos sinais da economia chinesa também influenciaram a performance das ações das empresas exportadoras.

    A preocupação em torno da Petrobras também vai continuar. Até porque, com a alta recente do petróleo e a alta no dólar, a defasagem nos preços dos combustíveis está elevada.

    Analistas reconhecem que não há clima político para um reajuste nos preços, mas a pressão sobre a estatal não vai arrefecer.

    Atenção também se volta para a escolha do substituto para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras, que está vazia depois que a justiça determinou o afastamento de Pietro Mendes por conflito de interesses.

    Mesmo com influência maior vindo do exterior, a semana aqui começa com a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso Nacional.

    A definição da meta fiscal para 2025 pode fazer preço no mercado, dependendo da ousadia ou do recuo de Fernando Haddad diante das pressões por mais gastos vindas do próprio governo e do parlamento.

    “Há espaço para o dólar voltar um pouco, até porque o câmbio e os juros apanharam muito nos últimos dias. O estresse com índice de inflação dos Estados Unidos vai passar um pouco essa semana. Ele foi trocado pela preocupação com Oriente Médio e, em certa medida, pela expectativa sobre a meta fiscal e a LDO aqui no Brasil”, disse um experiente gestor do mercado brasileiro.