Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Thais Herédia
    Blog

    Thais Herédia

    Passou pelos principais canais de jornalismo do país. Foi assessora de imprensa do Banco Central e do Grupo Carrefour. Eleita em 2023 a Jornalista Mais Admirada na categoria Economia do Jornalistas & Cia.

    Acionista estrangeiro da Petrobras pede convocação de Assembleia Geral para confirmar Magda Chambriard no cargo

    Petrobras nega necessidade, mas Conselho de Administração terá que avaliar

    Um acionista estrangeiro da Petrobras com mais de 5% das ações entrou com pedido solicitando a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para eleição dos membros do Conselho de Administração e para a presidência do colegiado da estatal.

    Segundo fontes a par da solicitação, o investidor é uma gestora de investimentos americana, a GQG Partners. Informações da B3, bolsa de valores do Brasil, dão conta de que eles detêm 5,73% das ações ordinárias, que tem direito a voto. Pela lei que rege o mercado de capitais no Brasil, para fazer um pedido à companhia e ser atendido, o acionista precisa ter no mínimo 1% dos papéis. Um grupo de acionistas brasileiros minoritários também enviou pedido à Petrobras, mas sem alcançar o mínimo de ações exigido.

    O argumento dos acionistas é de que Jean Paul Prates foi destituído do Conselho e por isso, uma assembleia deve ser convocada para referendar a nova composição do colegiado com a chegada de Magda Chambriard. O questionamento dos investidores é menos pela escolha de Chambriard e sim pela presença de Pietro Mendes na presidência do conselho.

    Mendes é secretário do ministério de Minas e Energia, de Alexandre Silveira. É apontado por executivos na Petrobras como o “homem” de Silveira dentro da estatal e maior opositor da gestão de Jean Paul Prates.

    Pela Lei das Estatais, validada recentemente pelo STF, ele estaria proibido de compor o colegiado por conflito direto de interesses. A decisão do supremo permitiu que pessoas já nomeadas poderiam seguir no cargo. Se uma nova assembleia da Petrobras for convocada, ele não poderia seguir no posto.

    Em comunicado à época, a Petrobras negou a destituição de Prates porque, segundo a estatal, ele teria pedido demissão da presidência e renúncia do conselho. A estatal citou um artigo da Lei das S.A. que diz que, quando um conselheiro renuncia, não há necessidade de convocação de assembleia de acionistas.

    Fontes próximas à companhia disseram à CNN que os acionistas não aceitam esta versão porque foi “público e notório” que o petista foi mandado embora pelo presidente Lula.

    Nesta sexta-feira (31), em resposta à CNN, a Petrobras afirma que não há motivos para a convocação de uma AGE e que a realização dela “implicaria em custos desnecessários para a Companhia e seus acionistas”.

    Segundo informações obtidas pelo blog, uma reunião extraordinária do Conselho de administração da Petrobras foi marcada para o dia 7 de junho, próxima sexta-feira, para validar o pedido dos acionistas. Se a estatal negar a solicitação, os acionistas podem recorrer à CVM, reguladora do mercado.

    A CNN aguarda posicionamento da companhia sobre a realização do encontro. A CNN também aguarda resposta do GQG Partners sobre o pedido feito à Petrobras.