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    Teo Cury
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    Teo Cury

    Explica o que está em jogo, descomplica o juridiquês e revela bastidores dos tribunais e da política em Brasília. Passou por Estadão, Veja e Poder360

    Embaixada recomenda que brasileiros evitem sul do Líbano após morte de comandante do Hezbollah

    Representação brasileira informou estar atenta “à escalada de tensão na região e empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade”

    A embaixada do Brasil em Beirute recomendou nesta quarta-feira (31) que os cidadãos brasileiros que vivem no Líbano evitem permanecer no sul do país — região que faz divisa com o norte de Israel — e nas áreas de fronteira.

    A representação brasileira no Líbano informou que está atenta “à escalada de tensão na região e empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade”.

    A orientação foi dada após um ataque israelense ter matado Fu’ad Shukr, comandante da organização militante xiita libanesa Hezbollah. Shukr é a figura mais sênior do grupo a ser morta em quase 10 meses de conflito com Israel.

    Israel havia dito que seu ataque em Beirute na terça-feira (30) matou Shukr, a quem culpou pelo ataque de sábado nas Colinas de Golã ocupadas por Israel. O Hezbollah, apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, negou qualquer envolvimento no ataque de Golã.

    O ataque a Beirute aconteceu horas antes do assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

    Embora Israel tenha reivindicado o ataque a Shukr, não o fez pelo ataque ao Irã, com os militares dizendo que “não respondem a relatos na mídia estrangeira”.

    O ataque deixou a comunidade brasileira na Cisjordânia apreensiva com a escalada da guerra na região.

    O líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, disse que era dever da nação vingar a morte de Haniyeh, já que ele foi morto em seu solo. “Você matou nosso querido hóspede em nossa casa e agora abriu caminho para sua punição severa”, disse, referindo-se a Israel.

    Orientações aos brasileiros

    A embaixada em Beirute recomenda que os cidadãos adotem as indicações de segurança das autoridades locais, reforcem medidas de precaução – especialmente no sul do país – e não façam parte de aglomerações e protestos.

    “Caso não esteja no Líbano, não viaje ao país. Aos nacionais brasileiros que não julguem essencial a permanência no Líbano, a Embaixada recomenda que considerem a precaução de ausentar-se do país até seu retorno à normalidade”, informa.

    “Aos nacionais brasileiros que julguem essencial sua permanência no Líbano, evitar residir no sul do país ou deslocar-se a essa região, sobretudo às áreas de fronteira”, diz o comunicado.

    O sul do Líbano, área monitorada com preocupação pela embaixada brasileira no país, é dominada pelo Hezbollah. Células da organização militante xiita libanesa foram atacadas nos últimos meses pelas forças israelenses durante o acirramento da guerra entre Israel e o Hamas.

    Orientações como esta vêm sendo emitidas pela embaixada brasileira no país desde o início da guerra, em outubro de 2023.

    Uma das mais recentes havia sido dada depois de o Irã ter lançado, de forma inédita, drones e mísseis em direção a Israel – o governo israelense informou ter interceptado 99% deles. A ofensiva iraniana aconteceu em resposta a um suposto ataque israelense ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, em 1º de abril.