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    Tainá Falcão
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    Tainá Falcão

    Jornalista, poetisa, mulher nordestina, radicada em Brasília com passagem por SP. Curiosa. Bicho de TV. Informa sobre os bastidores do poder

    General citado no caso Marielle é confirmado em chefia do Estado-Maior do Exército

    Richard Nunes foi responsável por indicar delegado Rivaldo Barbosa à chefia da Polícia Civil durante intervenção no RJ; martelo sobre promoção foi batido durante reunião de comandantes com Lula nesta quinta (28)

    O general Richard Nunes está confirmado como novo chefe do Estado-Maior do Exército. O martelo foi batido durante reunião dos comandantes das Forças Armadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (28), no Palácio do Planalto.

    Richard Nunes foi secretário de Segurança do Rio de Janeiro em 2018. Assumiu o cargo por indicação do general Walter Braga Netto, então interventor no estado e hoje aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Foi nessa ocasião que Richard Nunes nomeou o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio.

    Rivaldo é um dos suspeitos de articular a morte da ex-vereadora Marielle Franco. Foi preso no último domingo (24), junto com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão.

    Nos últimos dias, Lula teria reclamado a aliados sobre a possível designação do general a um dos cargos mais estratégicos do Exército.

    O Estado-Maior é o órgão de direção geral responsável pela elaboração da política militar terrestre, pelo planejamento estratégico e pela orientação do preparo e do emprego da força terrestre.

    Diferentemente de uma secretaria-executiva de ministério, entretanto, a função não significa ser o número 2 do Exército. Isso porque o chefe do Estado-Maior não substitui o comandante em caso de ausência — o substituto é o general quatro estrelas mais antigo da corporação. Nunes é o sétimo atualmente em antiguidade.

    A alta cúpula do Exército defendeu o prosseguimento da nomeação do general e convenceu o presidente.

    Sob reserva, fontes ouvidas pela CNN disseram que outro argumento foi a proximidade de Nunes com o Comandante do Exército, Tomás Paiva, e com o general Amaro, do Gabinete de Segurança Institucional. Ele seria de estrita confiança de ambos.

    Para esses militares, a aparição de Richard Nunes como responsável pela indicação de Rivaldo é um fato sem nenhuma suspeita de compactação com o caso Marielle.

    À CNN, o general disse nesta semana que a indicação de Rivaldo não é motivo para constrangimento.

    “Não tenho nenhum constrangimento em confirmar isso, haja visto que a indicação seguiu critério de competência técnica, e naquele momento, inclusive, amplos setores da sociedade do Rio de Janeiro entenderam que tinha sido uma ótima escolha”, disse.