O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quinta-feira (31), no âmbito da investigação sobre o suposto desvio de recursos públicos por meio de cota parlamentar. O congressista foi alvo de busca e apreensão nesta sexta-feira (25).

Os assessores do deputado, que também foram alvo de busca e apreensão, devem prestar depoimento entre esta sexta-feira (25) e segunda-feira (28). As datas fazem parte de uma estratégia da PF para usar as informações colhidas nos depoimentos para confrontar Gustavo Gayer.

A CNN apurou que a PF já tem os elementos necessários para indiciar o congressista pelo crime, mas vai verificar o que já foi apreendido na operação para materializar a investigação. Os investigadores apontam que Gustavo Gayer usava recursos de cota parlamentar para financiar empresas dele e dos assessores.

Entre os integrantes do PL, a avaliação é de que essa investigação contra o deputado Gustavo Gayer pode causar um ruído, uma vez que a Câmara dos Deputados não foi notificada sobre qualquer operação. A PF alega que não notificou o Congresso Nacional porque não houve mandados de busca e apreensão no gabinete do congressista.

Para os integrantes do partido, a operação pode indicar que há perseguição ao PL. Apesar da avaliação, a legenda não deve confrontar e questionar a investigação da PF.

Deputado Gustavo Gayer é alvo de operação da PF | CNN NOVO DIA

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já está ciente da operação, mas não comentou o assunto.

A Polícia Federal aponta, no relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a investigação contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) começou após análise no celular de um assessor dele, na investigação dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado.

Nesta sexta-feira (25), a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão contra o suposto esquema de fraude na cota parlamentar.

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