A Petrobras está avaliando fazer a distribuição de dividendos extraordinários em abril, depois da assembleia geral de acionistas, apurou a CNN com fontes próximas a cúpula da empresa.

O movimento está sendo interpretado como um sinal de fortalecimento do presidente da estatal, Jean Paul Prates.

Hoje, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negaram que a troca no comando da empresa que tenha sido cogitada.

A retenção do pagamento dos dividendos extras provocou instabilidade nas ações da petroleira. A decisão foi tomada pelo Conselho de Administração, à revelia da diretoria e de Prates, que eram a favor de distribuir metade.

Os representantes do governo no conselho foram indicados por Silveira. Eles alegaram risco para os investimentos da empresa. Prates e Silveira travam uma guerra nos bastidores por influência dentro da empresa.

Agora a intenção é aprovar a distribuição extra em abril, quando a assembleia geral de acionistas referenda ou não as decisões do conselho. Haddad vem ressaltando que é preciso avaliar a distribuição no “momento oportuno”.

Na semana passada, diante do impasse entre Prates e o conselho, coube ao presidente Lula arbitrar a situação, conforme mostrou a CNN. Lula também disse hoje ao SBT que “a Petrobras não tem que pensar só nos acionistas, mas também nos brasileiros”.

Na reunião no Planalto, Prates e a diretoria apresentaram o plano de investimentos da empresa para áreas como fertilizantes, energia eólica e indústria naval.

Prates e Lula tiveram também uma conversa reservada, apurou a CNN.

Lula insiste para que a Petrobras volte a fomentar a construção de navios, apesar do fracasso da Sete Brasil.

Procurada, a Petrobras não comento