Lewandowski defende a aliados que tornozeleira e exame criminológico já endurecem “saidinha”
Prazo para Lula dar definição sobre “saidinha” termina nesta quinta-feira (11)
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, está defendendo que o uso de tornozeleira e a aplicação do “exame criminológico” já endurecem a “saidinha” dos presos, mesmo com um veto parcial, apurou a CNN.
Técnicos do ministério fizeram um parecer recomendando ao presidente Lula vetar o trecho que proíbe os presos de sair da cadeia para ressocializar com as famílias em funerais, casamentos e outras ocasiões especiais, desde que obtenham autorização judicial.
Auxiliares do ministro reforçam que os presos que receberam o benefício já estão no regime semiaberto, portanto, deixam a cadeia para trabalhar. Além disso, os encontros com a família são fundamentais para evitar fugas e rebeliões nos presídios.
Na avaliação dessas fontes, o uso da tornozeleira eletrônica e a introdução do chamado “exame criminológico”, que vai avaliar a saúde mental e o periculosidade do preso, já seriam suficientes para reduzir as chances de fuga.
Lula deve se reunir ainda hoje com seus principais ministros para definir a sanção da “lei do fim das saidinhas”, aprovada por ampla maioria pelo Congresso. A tendência na Casa é que um veto, mesmo que parcial, seja derrubado. “É dar a cara para bater”, disse um líder da oposição.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve vetar parcialmente a lei que proíbe a “saidinha” de presos em feriados, segundo apurou a CNN mais cedo.