O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a aliados que a decisão sobre se haverá ou não troca na presidência da Petrobras é 100% do presidente Lula.

Ele se reuniu ontem com o presidente, que pediu conselhos sobre o assunto.

Segundo apurou a CNN, o titular da Fazenda está determinado a acabar com os vazamentos sobre a empresa e a tornar as decisões novamente técnicas a cargo da diretoria e do conselho.

Haddad avalia que os conflitos públicos estão prejudicando a companhia, reduzindo seu valor de mercado, e também afetando a popularidade do governo, que é visto como intervencionista.

Pessoas próximas ao ministro negam conflito entre ele e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sobre a distribuição de dividendos extraordinários e afirmam que a decisão vai caber ao conselho à assembleia de acionistas, marcada para o dia 25.

Os dividendos extraordinários podem garantir mais de R$ 12 bilhões ao Tesouro Nacional, enquanto acordos tributários entre a Petrobras e o Fisco chegariam a outros R$ 50 bilhões.

Os recursos fazem diferença em um ano de restrição fiscal.

Segundo a CNN apurou, o clima na cúpula da Petrobras é de apreensão, principalmente entre as pessoas ligadas ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A sinalização de que ele concordaria com a permanência de Jean Paul Prates na presidência, desde que sob condições, foi vista como possível perda de poder.