Crescem reclamações no meio jurídico com afastamento de magistrados da Lava Jato
São nove entidades jurídicas que se manifestaram contra o afastamento da juíza Gabriela Hardt e dos desembargadores do TRF-4
Chegou a nove o número de entidades jurídicas que se manifestaram contra o afastamento da juíza Gabriela Hardt, substituta da antiga vara da Lava Jato, e dos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Além da Associação de Juízes Federais (Ajufe) e da Associação de Magistrados do Brasil (AMB), outras entidades estaduais se manifestaram, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Em nota pública, as entidades classificam o afastamento preliminar pelo corregedor-geral, Luis Felipe Salomão, como “gravíssimo” e “reservado apenas para condições excepcionais”.
Segundo apurou a CNN, a expectativa entre os magistrados, incluindo o presidente da CNJ, ministro Luis Roberto Barroso, era de que o caso fosse analisado em plenário antes de ser tomada qualquer decisão. Daí o mal-estar com a decisão preliminar.
O plenário do CNJ julga o assunto na tarde desta terça-feira (16). Em audiência em fevereiro, Barroso já teria se manifestado contrário à punição da juíza Gabriela Hardt por homologar a criação da Fundação Lava Jato.
A fundação, que não chegou a existir por decisão do STF, está no centro das reclamações contra o hoje senador Sergio Moro e sua substituta.
Já os desembargadores Thompson Flores, Loraci Lima e o juiz Danilo Pereira Junior foram afastados porque teriam descumprido uma decisão no ministro Dias Toffoli no caso da suspeição do juiz Eduardo Appio.