Conheça o deputado dos EUA pró-Trump que pediu decisões de Moraes ao X
Jim Jordan é o atual presidente do comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos
Notório apoiador de Donald Trump, o deputado norte-americano Jim Jordan, presidente do comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos, foi quem requisitou ao X (antigo Twitter) que enviasse as decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes no inquérito das milícias digitais.
Lobistas que atuam na capital norte-americana descreveram à CNN o deputado republicado Jim Jordan como um representante da extrema direita que atrelou sua imagem a Trump.
Recentemente, o deputado eleito por Ohio usou sua posição como chairman no comitê para atacar a rede de TV CBS por demitir uma repórter supostamente por ter um perfil conservador.
Em outubro de 2023, Jordan tentou chegar à Presidência da Câmara dos Deputados dos EUA com apoio público de Trump, mas não foi bem sucedido. Seu perfil radical tornou difícil encontrar consenso.
Como presidente da Comissão de Justiça da Câmara, Jordan atuou na abertura das investigações para um eventual processo de impeachment contra o presidente Joe Biden.
Jordan construiu seu perfil como um defensor inflexível do Partido Republicano, entrando em conflito tanto com republicanos como com democratas.
O deputado incentivou paralisações governamentais em 2013 e 2018 e foi uma peça importante nas tentativas de Trump de derrubar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 2020, de acordo com uma investigação do Congresso.
Ele também atuou para proteger Trump de intimações para depor sobre seu envolvimento na invasão do Congresso em janeiro de 2021.
Em 2022, a CNN revelou que Trump falou ao telefone, diretamente da Casa Branca, com Jordan por 10 minutos na manhã de 6 de janeiro — antes dos ataques ao Capitólio. Naquela tarde, Jordan foi ao plenário da Câmara para se opor à certificação do presidente Joe Biden.
Musk x Moraes
Desde o início dos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, o bilionário Elon Musk vem ameaçando descumprir as decisões dele, que considera arbitrárias, ou pelo menos torná-las públicas. Mas, até agora, não o fez.
No ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a filial brasileira do X informa que ressaltou ao comitê americano o caráter confidencial das decisões do STF, mas é comum nos Estados Unidos que informações solicitadas pelo Congresso acabem vazando para a imprensa, dizem as fontes.
A direita brasileira vem questionando as decisões tomadas por Moraes no inquérito das milícias digitais, principalmente a suspensão de contas e perfis mais de um ano após finalizado o período eleitoral. A CNN entrou em contato com o STF e aguarda retorno.
(Com informações da CNN Internacional)