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    Raquel Landim
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    Raquel Landim

    Com passagens pelos principais jornais do país como repórter especial e colunista, recebeu o prêmio “Jornalista Econômico” de 2022 pela Ordem dos Economistas do Brasil

    Blinken relata drama de padrasto e Lula diz que sempre condenou Holocausto, dizem fontes

    Secretário de Estado norte-americano se reuniu com presidente brasileiro no Planalto nesta quarta-feira (21)

    O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, relatou hoje (21) no Palácio do Planalto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a história de seu padrasto, que é um sobrevivente do Holocausto, apurou à CNN com fontes que acompanharam a conversa.

    Ele ouviu de Lula que o presidente brasileiro sempre condenou a matança de judeus na Segunda Guerra Mundial e que nunca negou o Holocausto, como chegou a ser sugerido pelo governo israelense.

    Lula ressaltou ainda que 8 mil crianças já morreram em Gaza e que permitir isso abre caminho para que outras tragédias se repitam.

    Segundo fontes do Palácio do Planalto, ficou clara a divergência entre Brasil e Estados Unidos sobre se Israel pratica ou não genocídio em Gaza.

    Os EUA dizem que não, enquanto o Brasil subscreve o pedido de reconhecimento do genocídio na Corte Internacional de Haia.

    Houve, no entanto, muitos pontos de convergência: ambos condenaram o ataque do Hamas, pediram por um cessar-fogo em Gaza, afirmaram respeitar o direito de segurança de Israel e a criação de um Estado palestino.

    Blinken não pediu a Lula que se retratasse pela declaração que irritou os israelenses.

    A reunião, que estava prevista para durar uma hora, se estendeu por uma hora e cinquenta minutos.

    Os dois também discutiram a questão da Venezuela. Blinken elogiou a maneira como o Brasil atuou para reduzir a tensão no conflito entre o regime de Maduro e a Guiana e conversaram sobre as recentes violações do acordo de Barbados.