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    Raquel Landim
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    Raquel Landim

    Com passagens pelos principais jornais do país como repórter especial e colunista, recebeu o prêmio “Jornalista Econômico” de 2022 pela Ordem dos Economistas do Brasil

    Lula arbitrou conflito e adiou distribuição de dividendos da Petrobras, dizem fontes

    Ações da estatal caíram mais de 10% na última sexta-feira (8) após a divulgação da queda no lucro e da nova política de remuneração dos acionistas

    Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva arbitrar o conflito entre o conselho e a diretoria da Petrobras e adiar a distribuição de dividendos extraordinários da estatal.

    Segundo auxiliares presidenciais, o martelo foi batido em Brasília numa reunião no Palácio do Planalto da qual participaram Lula e vários ministros na semana passada.

    Lula e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se encontram novamente hoje. As ações da estatal caíram mais de 10% na última sexta-feira após a divulgação da queda no lucro e da nova política de remuneração dos acionistas.

     

     

    Na reunião da semana passada, Prates defendia a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, enquanto o presidente do conselho, Pietro Mendes, defendia a retenção.

    O argumento de Mendes era que a distribuição dos dividendos extraordinários poderia prejudicar os investimentos da estatal no futuro. Mendes foi indicado por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.

    Conforme fontes, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, ficou ao lado do representante do conselho da Petrobras. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ponderou que os técnicos do Tesouro concordavam com Prates.

    Lula, então, optou por uma solução “salomônica”: guardar o dinheiro num fundo e pedir mais informações à diretoria da Petrobras se havia ou não prejuízo aos investimentos. Na prática, adiar a decisão.

    O movimento, contudo, desagradou o mercado, que não entendeu para onde iria o dinheiro, já que não seria aplicado em investimentos, nem distribuído aos acionistas.

    Na reunião do conselho de administração na quinta-feira, a decisão tomada em Brasília foi referendada, já que a União é majoritária e boa parte dos conselheiros foi indicada por Silveira.

    Prates assistiu o desfecho no conselho por videoconferência, embora estivesse em sua sala na Petrobras a poucos metros do local, apurou a reportagem. Fontes próximas a ele dizem que isso é comum. Procurada, a assessoria do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se manifestou.