“É hora de parar com retaliação para lá e para cá”, diz Caiado
Caiado participou no domingo (25) do ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defende a anistia para os presos do 8 de janeiro e para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem sendo alvo de investigações por uma suposta trama golpista.
“Já assisti várias vezes o MST quebrando tudo em Brasília e ninguém foi condenado há 17 anos de cadeia”, disse Caiado à CNN. “Juscelino Kubitschek sofreu uma tentativa real de golpe. Anistiou a todos e foi trabalhar”.
Caiado participou no domingo (25) do ato pró-Bolsonaro junto com os governadores Tarcisio de Freitas, de São Paulo, Jorginho de Mello, de Santa Catarina, e Romeu Zema, de Minas Gerais.
“Eu nunca vi uma presença como a de ontem na Avenida Paulista. Isso pede que as pessoas reflitam. É hora de parar com essa retaliação para lá e para cá”, afirmou.
Caiado defende a tese de que “não se pode condenar a intenção” e de que, se Bolsonaro teve acesso a uma minuta de Estado de sítio, ele “não convocou os conselhos da República e não levou ao Congresso”.
Juristas questionam o argumento e dizem que, no crime de golpe de Estado, apenas a intenção já é passível de punição, porque, se houver a consumação do golpe, é impossível remediar.
Questionado se sua participação no ato de ontem compromete suas credenciais democráticas, Caiado diz que não. “Fui o único governador que coloquei minhas tropas para interditar a chegada em Brasília no 8/1. Nunca atuei contra as regras democráticas”, afirma.