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    Priscila Yazbek
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    Priscila Yazbek

    Correspondente em Paris, Priscila é apaixonada por coberturas internacionais e econômicas — e por conectar ambas. Ganhou 11 prêmios de jornalismo

    Macron quer encontrar agenda comum com Lula sobre Ucrânia

    Fontes do governo francês admitem que líderes discordam sobre a guerra e dizem que Macron vai explicar a gravidade da situação na viagem ao Brasil

    O presidente francês Emmanuel Macron deve explicar ao presidente Lula a posição da França sobre a guerra na Ucrânia em sua visita ao Brasil, entre os dias 26 e 28 de março.

    Fontes do Palácio do Eliseu admitem que há divergências na visão dos líderes sobre o conflito e afirmam que o assunto deve ser uma das pautas da viagem.

    O governo francês acredita que é necessário tentar engajar parceiros que têm posições divergentes sobre o conflito.

    Macron deve dizer a Lula que a França vê seus interesses de segurança ameaçados pela evolução do conflito e pela posição agressiva da Rússia.

    Apesar das diferenças, Paris acredita que é extremamente importante comunicar a gravidade da guerra e tentar traçar uma agenda em comum com os brasileiros.

    Sobre um eventual pedido de envio de armas ou munições brasileiras à Ucrânia, o governo francês afirma que o objetivo é, incialmente, trocar informações, mas não descarta a hipótese. “Com base nessas discussões, veremos quais são os elementos
    convergência que podem conduzir a ações de apoio à Ucrânia, o que continua sendo a nossa prioridade absoluta”, dizem as fontes do Eliseu.

    Macron tem enfatizado a necessidade de apoio europeu aos ucranianos e endureceu o tom com a Rússia, citando até mesmo a possibilidade de envio de tropas em solo.

    Enquanto a França defende o fornecimento de mais armamentos a Kiev para viabilizar a vitória da Ucrânia, o Brasil diz que o envio de armas prolonga a guerra e defende a paz a qualquer custo, mesmo que signifique uma derrota ucraniana.

    Interlocutores também ressaltam que a viagem marca uma reaproximação dos dois países, depois do afastamento na gestão anterior, de Jair Bolsonaro. O ex-presidente chegou a ofender a esposa de Macron, Brigitte, dizendo que ela era feia em um post nas redes sociais.