Parada LGBT+: “Nunes tem dificuldade com essa sopa de letrinhas”, diz Leo Áquilla, coordenadora da prefeitura
Nunes investiu R$ 4,1 milhões na festa do Orgulho Gay, mas não irá na avenida Paulista
Após confirmar presença na Marcha para Jesus na quinta-feira (30), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu não participar da 28° Parada Gay, que acontece neste domingo, na avenida Paulista.
Seu principal adversário na disputa pela reeleição, o deputado Guilherme Boulos (PSOL), seguiu o caminho inverso: não vai marchar dos evangélicos nesta quinta, mas confirmou presença no ato LGBTQI no domingo.
Aliados e auxiliares do prefeito lembram que Nunes nunca participou da Parada e negam que a ausência seja um cálculo eleitoral para não melindrar o bolsonarismo, como dizem os adversários.
A Prefeitura de São Paulo investiu R$ 4,1 milhão na Parada, que é um dos mais importantes eventos do calendário da capital.
O tema da Parada este ano tornou ainda mais difícil a aproximação com os organizadores: “Basta de Negligência e Retrocesso Legislativo – Vote Consciente por direitos da população LGBT+”.
“Tentei ensinar algumas coisas para o prefeito, mas ele tem dificuldade com essa sopa de letrinha. Ele tem medo de errar e não quer ofender as pessoas”, disse à CNN a coordenadora de políticas LGBTQI da prefeitura, Leo Áquilla.
A ativista trans também é presidente do nacional do MDB Diversidade.
Procurado, o prefeito ainda não se manifestou. O espaço está aberto.