Defesa de Torres reitera que ex-ministro da Justiça nunca participou de reunião para tramar golpe
Anderson Torres disse em depoimento à PF que nunca questionou a “lisura do sistema eleitoral brasileiro”
A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres reafirmou que ele não participou de qualquer reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os comandantes militares da época, para tratar de quaisquer medidas antidemocráticas.
“O ex-ministro da Justiça, citado de modo genérico e vago por duas testemunhas, esclarece que houve grave equívoco nos depoimentos prestados. Nesse sentido, vai requerer nova oitiva e eventual acareação, além de outras providências necessárias à elucidação do caso. Anderson Torres mantém sua postura cooperativa com as investigações e seu compromisso inegociável com a democracia”, disse a nota assinada pelo advogado Eumar Novacki.
Em depoimento à Polícia Federal, Torres, afirmou disse que nunca questionou a “lisura do sistema eleitoral brasileiro”, classificou a minuta golpista apreendida em sua casa como uma “aberração jurídica mal escrita” e relatou que Bolsonaro desenvolveu um quadro de depressão após perder a eleição.
As afirmações constam em documento liberado nesta sexta-feira (15) pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes e obtido antecipadamente pela analista de política da CNN Jussara Soares e pela repórter Gabriela Prado.
Na ocasião, Torres justificou que seu posicionamento na reunião ministerial do dia que teria sido tratado o golpe, quando disse que todos ali iriam “se f…” significava a “perda de todos os avanços” que cada um tinha obtido em 4 anos.