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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    CUT defende fim da escala 6×1 enquanto PT e PSOL tentam unificar propostas

    Força Sindical diz que projeto de Erika Hilton não deixa claro como será o novo modelo

    A Central Única dos Trabalhadores (CUT) se manifestou nesta terça-feira, 12, em defesa do fim da escala de trabalho 6×1, mas não mencionou especificamente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Erika Hilton (PSOL-RJ) ou a do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

    Em nota enviada aos jornalistas, a central reafirma seu “compromisso histórico” contra as “ameaças” de retiradas de direitos e defendeu o fim da escala de trabalho semanal de 6×1 “sem redução de salários e sem a retirada de direitos de redução da jornada já conquistadas” por algumas categorias por meio da negociação coletiva.

    A manifestação da CUT acontece no momento em que deputados do PT e do Psol tentam unificar as propostas que tramitam na Câmara.

    Antes da PEC de Erika Hilton, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que é vice-líder do governo na Casa, havia apresentado uma PEC que reduz a jornada de trabalho de 44 para 36 horas com escalas diferentes para cada categoria.

    A proposta, que já está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e reuniu as assinaturas necessárias, foi construída em conjunto com as centrais sindicais.

    À CNN, Lopes disse que vai sugerir a Erika Hilton que apense a PEC dela ao projeto dele, mas segundo fontes próximas da deputada ela teria feito sugestão inversa.

    Procurada, a deputada do PSOL não se manifestou.

    Em caráter reservado, fontes da CUT dizem que é preciso aproveitar a mobilização nas redes sociais em torno da PEC de Erika Hilton, mas avaliam que existem fragilidades na proposta.

    A Força Sindical disse em nota publicada em seu site que a PEC de Erika Hilton “não deixa claro como será esse novo modelo”. “O desenho inicial não crava um modelo exato, deixando vago o modelo de jornada”, disse o presidente da Força, Miguel Torres. Nessa segunda (11), o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), fundador e liderança histórica da Força Sindical, disse à CNN que tem dúvidas sobre a PEC e teme que elas possam causar demissões em empresas que operam com 4 turnos.

    Fim da escala 6×1: o que diz PEC que propõe mudar jornada de trabalho

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