Nota do PT pró Maduro incomoda alas do partido e vira munição bolsonarista
Alguns quadros da sigla foram na contramão da executiva e se manifestaram publicamente de forma crítica
A nota oficial do PT divulgada no fim da noite de segunda-feira, 29, na qual o partido saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo e chama o processo de jornada “pacífica, democrática e soberana” causou incômodo em setores da legenda.
Alguns quadros da sigla foram na contramão da executiva e se manifestaram publicamente de forma crítica, como o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG).
Em caráter reservado, petistas dizem que a posição oficial petista – que foi aprovada por unanimidade pela cúpula partidária – pode trazer prejuízos eleitorais para candidatos do campo progressista que enfrentam bolsonaristas nas grandes cidades, onde se esperam disputas polarizadas.
Em São Paulo, por exemplo, aliados de Ricardo Nunes (MDB) comemoraram a nota petista, que servirá de munição nos debates e eventualmente no horário eleitoral.
Isso apesar do PSOL, do deputado Guilherme Boulos, ter um posicionamento historicamente mais crítico em relação ao regime de Nicolás Maduro.