Zambelli articula candidatura do marido no Ceará e diz que fará campanha para Nunes “se Bolsonaro pedir”
Deputada vive reaproximação com clã Bolsonaro após abalo na relação quando ela, armada, perseguiu um homem em São Paulo na véspera da eleição
Indiciada junto com o hacker Walter Delgatti pela Polícia Federal pela invasão ao site do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está resignada com a possibilidade de ser presa e avalia, segundo pessoas próximas, que sua condenação pode ser usada como um símbolo da ofensiva contra o bolsonarismo.
Procurada pela CNN, a parlamentar disse que vê uma “evidente perseguição” da Polícia Federal e se defendeu. “A PF deveria ir atrás de bandido, mas agora vai atrás de quem abriu um documento. Esse papel da PF está cada vez mais esdrúxulo”, afirmou a deputada. Procurada, a PF não quis comentar as declarações de Zambelli.
“Não tem nenhum pedido ou participação minha (na invasão ao CNJ). Quando ele (Delgatti) fez esse documento, isso vazou para várias pessoas ao mesmo tempo. Não sei se foi ele ou outra pessoa que me mandou, mas eu baixei e abri o documento (do CNJ). Disseram que eu recebi primeiro, mas não sei disso”, afirmou Zambelli.
A deputada vive um momento de reaproximação com o clã Bolsonaro após um abalo na relação em função do episódio no qual ela perseguiu um homem com uma arma na véspera da eleição. O ex-presidente teria se comprometido a ajudar na campanha do marido da deputada, Coronel Aginaldo, que será candidato a prefeito de Caucaia, no Ceará.
Em São Paulo, diz Carla, a ideia é trabalhar para eleger uma rede de 200 vereadores no estado ligados a seu grupo político. Na capital, o plano é seguir a orientação de Bolsonaro. “Se o presidente pedir, eu apoio o Ricardo Nunes”.