Vice-presidente nacional do PT e prefeito eleito de Maricá, no Rio de Janeiro, o deputado federal Washington Quaquá fez uma autocrítica partidária pública que muitos colegas da sigla tem feito em caráter reservado.

Questionado sobre o fraco resultado do partido nas eleições municipais, o parlamentar pregou uma guinada pragmática com foco nas eleições de 2026.

“O PT precisa de uma aliança sincera de cooptação e parceria com o Centrão. Dilma Rousseff abriu mão dessa relação sincera e sofreu o impeachment”, disse Quaquá à CNN.

Nesse cenário, o deputado disse que o PT tem que parar de lançar ou apoiar candidaturas que disputam 30% do eleitorado. Nesse contexto, disse que foi um “erro” e um “equívoco” as candidaturas de Marcelo Freixo (PSOL) no Rio de Janeiro, em 2020, e de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo neste ano.

O dirigente vai lançar, em breve, o livro “Diálogos com a Utopia”, no qual aponta caminhos para o partido.

“O PT insiste em pautas comportamentais da classe média e retrocedeu a uma política anterior a 2002, quando entendeu que era preciso liderar uma aliança com o centro”, afirmou.

Quaquá defendeu, ainda, que o PT apoie a candidatura de Eduardo Paes (PSD) ao governo do Rio de Janeiro em 2026 e se posicionou contra a antecipação da escolha do novo nome para a presidência da legenda.

PSD é o partido que mais ganha prefeituras; PSDB o que mais perde