PSOL não elege nenhum prefeito, e presidente do partido minimiza derrotas
Partido de Guilherme Boulos lançou 210 candidatos a prefeituras, mas não elegeu ninguém e perdeu prefeitura de Belém
Fundado em 2005 como uma dissidência do PT, o PSOL tinha dois grandes objetivos nas disputas municipais de 2024: reeleger Edmílson Rodrigues em Belém e eleger Guilherme Boulos em São Paulo na primeira disputa com apoio do PT.
Na contabilidade geral, o PSOL lançou 210 candidaturas a prefeitos em cidades de todos os tamanhos. Fechadas as urnas, porém, a legenda não elegeu ninguém.
À CNN, a presidente nacional do PSOL, Paula Coradi, minimizou o resultado e tentou enxergar o copo meio cheio.
“Disputamos com protagonismo em São Paulo, onde ficamos em 2° lugar, em Salvador e Florianópolis. Em Belém, deixamos legados como a COP30 e os ônibus elétricos”, afirmou a dirigente.
Questionada sobre as derrotas nas duas capitais prioritárias, a presidente do PSOL culpou o “uso das máquinas”, mas ignora que Edmílson Rodrigues como prefeito detinha o comando dela.
“A extrema direita ganhou força em Belém, onde Lula venceu Bolsonaro em 2022 por apenas 4.000 votos. Tivemos também turbulências de gestão, com o boicote das empresas (de coleta) de lixo, que resultou em prejuízo político.”
Em relação à São Paulo, onde Boulos repetiu o desempenho de 2020 apesar de contar com muito mais dinheiro e estrutura, Paula Coradi reclamou da disseminação de fake news contra o deputado, apontou o uso das máquinas da capital e citou a alta abstenção e votos nulos.
“A abstenção, nulos e brancos venceram a eleição”, afirmou.
A presidente do PSOL defendeu, ainda, a participação de Boulos em uma live promovida pelo influenciador Pablo Marçal (PRTB).
“O resultado da live foi positivo. A gente precisava discutir com quem pensa diferente de nós. Uma parte dos eleitores de Marchas queria mudança e nos apresentamos como opção.”
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