Após defender a exigência do passaporte da vacina para a entrada em eventos públicos durante a pandemia, em 2021, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), agora, mudou o posicionamento. “Sou o prefeito que conquistou o título de capital mundial da vacina. No caso da vacina de Covid, ter exigido passaporte, hoje, vejo que não foi correto. Exigir passaporte para igrejas, estádios e restaurantes não foi correto”, disse Nunes à CNN.

A mudança foi vista, por fontes ligadas às campanhas de outros candidatos, como uma estratégia para atrair eleitores bolsonaristas, como os que seguem apoiando, hoje, Pablo Marçal (PRTB). Durante a pandemia, o prefeito foi criticado por eles por defender o passaporte.

Segundo fontes da campanha de Nunes, esse “gesto” foi pontual e não significa uma guinada no discurso.

Mas a adaptação na narrativa desagradou aliados. “Não foi bom e, internamente, achamos estranha essa declaração, mas foi em um momento de tensão na campanha. Vamos seguir em frente”, disse o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), que integra o conselho político de Nunes.

A posição do parlamentar é compartilhada reservadamente por outros integrantes da campanha ouvidos pela CNN.