Eleição SP: Sem tempo de TV, estrutura e lugar nos debates, Marçal abre diálogo com União Brasil
Influenciador avisou ao PRTB que não pretende dessa vez pagar a campanha do próprio bolso


Depois de ser lançado pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB e aparecer com 7% das intenções de votos na última pesquisa Datafolha e com 10,5% na Atlas/CNN, o influenciador Pablo Marçal corre agora contra o tempo para estruturar a campanha, arrumar recursos e tentar evitar o isolamento.
O PRTB não conta hoje com nenhum parlamentar, e por isso não terá espaço no horário eleitoral de rádio e TV, nem lugar garantido nos debates realizados pelas emissoras de TV e rádio.
Para tentar sair do isolamento, Marçal abriu canais de conversa com lideranças de outras siglas, apesar do espectro partidário estar já quase todo comprometido na capital.
Marçal sondou a médica Nise Yamaguchi (União Brasil) para ser sua candidata a vice e conversa nos bastidores com o deputado Kim Kataguiri (União Brasil) para tentar atrair o partido, mas o movimento esbarra na aliança entre o vereador Milton Leite (União Brasil) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Segundo fontes próximas, Marçal avisou a legenda que não pretende financiar a campanha do próprio bolso, como fez em 2022.
Naquele ano, o influenciador chegou a entrar na campanha presidencial, mas teve a candidatura derrubada pelo Pros, que vivia uma disputa interna.
Depois, disputou uma vaga de deputado federal por São Paulo e foi eleito, mas concorreu sub judice e teve a candidatura barrada pelo TSE por falta de documentos.
O hoje ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, que, concorrendo pelo PT, era da coligação na qual estava o Pros, ficou com a vaga.
Como o petista foi para a Esplanada dos Ministérios, o ex-ministro Orlando Silva (PCdoB) foi o “herdeiro” do mandato de Marçal, já que era o próximo suplente na fila.