Datafolha: Após crescimento de Nunes, Boulos comemora pesquisa espontânea e Tabata destaca baixa rejeição
Ambos apontam “uso da máquina” para explicar crescimento de Nunes; Marina Helena rejeita tese de confusão do eleitor com Marina Silva
As pré-campanhas de Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) minimizam o crescimento de Ricardo Nunes (MDB) na pesquisa Datafolha e atribuem aos investimentos da prefeitura em obras os números favoráveis ao prefeito.
“O crescimento já era esperado por conta dos investimentos e dos gastos milionários em propaganda” , disse à CNN o marqueteiro de Boulos, Lula Guimarães.
A avaliação da ala política da pré-campanha do deputado do PSOL é que a candidatura segue “consolidada” e liderando na casa dos 30%, além de alcançar, agora, 14% as intenções de votos na pesquisa espontânea.
Segundo o time de Boulos, esse é um dado “extremamente relevante” faltando sete meses para as eleições.
A pré-campanha de Tabata também considera que o fato de Nunes estar no cargo favoreceu o prefeito do MDB.
“Esse é um crescimento absolutamente esperado para o prefeito que está no cargo e tem a máquina na mão. Mas a estagnação do Boulos chama atenção”, disse à CNN o marqueteiro de Tabata, Pablo Nobel.
O publicitário acrescentou que ainda há muito desconhecimento em relação à deputada do PSB.
“Há um desconhecimento gigante do eleitorado em relação à Tabata. Esse desconhecimento cruzado com a baixa rejeição indicam uma oportunidade de crescimento significativo”, disse Nobel.
Com 7% das intenções de voto, a candidata do Novo, Marina Helena, rejeita a tese de que os eleitores teriam confundido seu nome com o da ex-ministra Marina Silva (Rede).
Segundo a diretora do Datafolha, Luciana Chong, parte dos entrevistados que declararam votos na pré-candidata do Novo podem ter se enganado.
Segundo a assessoria de Marina Helena, ela manteve o segundo nome Helena e não usou o sobrenome Santos justamente para evitar confusão.
A equipe da candidata lembra, ainda, que em 2020 Marina Helou (Rede) foi candidata mas não passou da casa dos 2%.
À âncora da CNN, Raquel Landim, o prefeito falou sobre a pesquisa:
“Tenho 1.300 obras simultâneas. A maioria dos meus votos vem da periferia”, disse o emedebista.
Segundo o Datafolha, a gestão de Ricardo Nunes (MDB) à frente da Prefeitura de São Paulo é aprovada por 29% dos eleitores da cidade, enquanto 24% a reprovam e 43% a consideram regular. Outros 4% não souberam opinar.
Na pesquisa anterior, de agosto de 2023, eram 23% os que avaliavam Nunes como ótimo e bom, e 24%, o considerava ruim ou péssimo. Cerca de metade, 49%, o via como regular.
No item intenção de voto, Boulos aparece com 30%, Nunes 29%, Tabata 8%, Marina Helena 7%, Kim Kataguiri 4% e Altino 2%.
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea, os números do Datafolha apontam Boulos com 14% e Nunes com 8%. Outros 2% declararam voto no “atual prefeito” e 1% afirmou que vota “no PT/candidato do Lula”. 60% responderam que ainda não sabem em quem vão votar.