Análise: Marçal carrega medalha de Bolsonaro, mas explode pontes com ex-presidente
Candidato do PRTB chama ex-presidente de “grande líder”, mas não se compromete com apoio a bolsonarista em 2026
O influenciador Pablo Marçal (PRTB) chegou ao estúdio da CNN para a última entrevista com os candidatos à Prefeitura de São Paulo levando no bolso da calça a medalha do “Imbrochável” que ganhou de Jair Bolsonaro (PL), e sacou da “honraria” assim que o nome do ex-presidente foi citado.
Em uma fala pensada para gerar cortes nas redes sociais, fez dois movimentos simultâneos: afagou Bolsonaro, a quem chamou de grande líder da direita, mas em seguida explodiu pontes ao xingar Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, e dizer que não pretende apoiar o nome ungido pelo clã para a presidência da República.
Esse cálculo é uma isca para capturar o eleitor antissistema e aquele que de direita que se mantém leal ao bolsonarismo enquanto movimento.
Alvo de várias investigações simultâneas, o ex-presidente enfrenta uma fadiga de material, mas ainda é o maior puxador de votos da direita no Brasil.
Com a estratégia do livre atirador, Marçal encara as entrevistas como janelas de oportunidade para a produção de conteúdo digital e parte para a ofensiva sempre que questionado pelas que o cercam: sua condenação à prisão por fraude, as investigações que apontam elo do PCC com membros do seu partido e o suposto financiamento irregular de ações nas redes sociais.
Diante de perguntas difíceis, usa a tática de Olavo de Carvalho de tentar desestabilizar o entrevistado ou então colocar tudo na conta do que chama genericamente de “sistema”, contra o qual estaria lutando.
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