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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: Apagão domina debate tenso com Nunes na defensiva e Boulos no ataque

    Candidato do PSOL acusa prefeito, que responde apontando para governo federal e Enel

    O apagão prolongado causado pelas fortes chuvas na capital na última sexta-feira pautou o primeiro debate do segundo turno entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo realizado nesta segunda-feira (14), na Band.

    O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL) reproduziram frente a frente a guerra de narrativas nas redes sociais que eles começaram a travar logo após o temporal.

    Em desvantagem nas pesquisas, o candidato de oposição viu no apagão uma janela de oportunidades para fustigar o adversário, a quem acusa de não ter se preparado para reagir.

    A estratégia de Boulos no estúdio da Band foi a mesma das lives no Instagram: dialogar diretamente com a população afetada pelas chuvas e assim tentar canalizar no prefeito o desgaste que Nunes joga na conta da Enel e no Palácio do Planalto.

    “Você que ligou para o 156 se sentiu satisfeito ao pedir poda ou remoção de árvore? São 7.000 podas na fila de espera”, questionou Boulos.

    O prefeito usou a tática de atacar para se defender e também começou o debate buscando canais de empatia com as pessoas que estão sem luz.

    “É inaceitável o que a Enel fez”, afirmou.

    Nunes acusou Boulos de não ter “feito nada” como deputado federal para romper com a Enel e culpou o governo federal pela manutenção do contrato com a concessionária.

    O caminho do emedebista foi culpar pela ordem a Enel, o governo federal e a Aneel. “Não houve ação por parte do governo federal, a quem cabe a fiscalização”, disse o prefeito.

    “Sempre o problema é do outro, né? Você não faz poda de árvore e o culpado é o Lula”, rebateu afirmou Boulos.

    Segundo o deputado do PSOL, o prefeito não atuou como devia diante do risco de um apagão na cidade. Ele chegou a chamar Nunes de “prefeito vacilão”.

    “Eu quero a Enel fora de São Paulo”, disse Nunes enfaticamente.

    Quando o apagão saiu de cena, entraram a máfia das creches e a rachadinha.

    Boulos acusou Nunes por suposto envolvimento do prefeito com o esquema de desvio de recursos.

    Já Nunes perguntou ao deputado federal sobre sua recomendação de arquivamento das denúncias ligadas ao também deputado André Janones (Avante-MG).

    Nos blocos finais, Boulos usou a gestão de Bolsonaro na pandemia para atacar o prefeito, que se esquivou de defender o ex-presidente.

    “Na pandemia muita gente acertou em muita coisa e errou muita coisa”, afirmou.

    Em seguida, Boulos questionou o emedebista sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Covid.

    O prefeito respondeu defendendo sua gestão, o imunizante e circunscreveu sua posição à exigência do documento, mas novamente evitou sair em defesa de Bolsonaro.

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