O empresário Pablo Marçal (PRTB) recebeu 1.719.274 votos (28,1%) e por muito pouco não passou para o segundo turno, mas seu partido não conseguiu eleger nenhum vereador na capital.

Em termos comparativos, a votação de Tabata Amaral — 605.498 votos (9,9%) — ajudou o PSB a eleger dois vereadores.

Apesar de não ter emplacado ninguém da própria legenda, Marçal ajudou a eleger aliados de outros partidos da coligação de Ricardo Nunes (MDB).

Correligionário do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o vereador mais votado de São Paulo, Lucas Pavanatto (PL), fez campanha e usou a imagem de Marçal nas redes sociais.

O vereador Rubinho Nunes (União) também engajou-se na campanha de Marçal e renovou seu mandato.

A estratégia de Marçal explica esse fenômeno. Em vez de investir seu capital político em nomes da chapa do PRTB, o candidato abriu espaço para que nomes de outras siglas usassem sua imagem.

Esse movimento causou um estresse inicial na coligação de Nunes, que decidiu retirar recursos do Fundo Eleitoral e o tempo de TV dos “dissidentes”.

No cômputo geral, porém, ambos saíram ganhando. Marçal porque teve o reforço de candidatos nas mobilizações de rua. E Nunes porque viu sua base ser ampliada.

Aliados consideram que Marçal foi “traído pela vaidade” ao publicar “laudo” de Boulos