As campanhas à Prefeitura de São Paulo vão enfrentar nos próximos dois meses até o primeiro turno o desafio de impulsionar as redes dos candidatos com conteúdo local e orgânico no momento em que o Instagram estabeleceu filtros para publicações de políticos.

Segundo especialistas e integrantes de campanhas ouvidos pela CNN, a plataforma é a porta de entrada das campanhas e substituiu o Facebook como canal de interação.

O problema, dizem, é que o Instagram estabeleceu limites de alcance para conteúdos produzidos por candidatos e políticos, o que dificulta o crescimento orgânico de seguidores.

Quem entra na plataforma precisa entrar no ícone “Preferências” e desativar o botão “limitar o conteúdo político de pessoas que você não segue” para começar a receber conteúdo que não foi impulsionado.

As campanhas também dizem que a rede X não é uma prioridade, mas o Tik Tok cresceu em importância nas estratégias digitais.

Outro obstáculo para as campanhas é “municipalizar” o conteúdo de nomes que já contam com uma grande plataforma de seguidores.

É o caso, por exemplo, do apresentador José Luiz Datena (PSDB). Segundo a campanha tucana, apenas 25% dos seguidores são paulistanos.

O problema é que ao priorizarem publicações sobre temas locais, os demais seguidores podem deixar de se engajar ou mesmo deixar de seguir.

Ranking do Instagram na eleição em SP — por número de seguidores:

• Pablo Marçal (PRTB) – 12, 5 milhões
• Guilherme Boulos (Psol) – 2,5 milhões
• Tabata Amaral (PSB) – 1, 5 milhões
• José Luiz Datena (PSDB) – 958 mil
• Ricardo Nunes (MDB) – 950 mil