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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    Em meio a novo apagão, Enel não releva total de casas sem luz em São Paulo

    Imóveis da região metropolitana ficaram sem fornecimento de energia elétrica nesta quarta-feira (14)

    Parte da região metropolitana de São Paulo amanheceu a quarta-feira de cinzas (14) no escuro. Aos poucos, a energia foi voltando bairro a bairro.

    Às 11h43, a CNN questionou a Enel pela primeira vez sobre o total de casas afetadas. Cerca de meia hora depois, a empresa respondeu que já havia normalizado “o fornecimento de energia para mais de 85% dos clientes afetados pelas fortes chuvas”, sem dizer quantas pessoas foram afetadas.

    Ao longo da tarde, a CNN insistiu nos questionamentos para saber quantos clientes ficaram sem luz e quais locais ainda estavam sem energia. Mas a resposta não veio.

    A informação foi solicitada, ao todo, seis vezes ao longo da tarde. A empresa afirmou que as regiões sul e oeste do estado haviam sido afetadas, sem detalhar em quais dos 645 municípios do estado o problema foi mais grave.

    A empresa afirmou apenas que, no final da manhã, 85% dos afetados estavam com a energia restabelecida, percentual que subiu para 96% no final da tarde. Apesar da insistência, a empresa não informou o número absoluto dos afetados, que serviu de base para a Enel calcular e divulgar o percentual de seus clientes prejudicados pela falta de luz.

    A contagem absoluta de clientes, no entanto, foi usada em diversas propagandas que sugerem melhorarias para quem paga a empresa pelo serviço.

    Em Itapevi, uma chuva de 100 milímetros fez subir o nível do Rio São João. Em Osasco, árvores caíram no Jardim Agu e no Jardim Piratininga. Em São Paulo, um muro do cemitério do Araçá desabou. Isso tudo às vésperas da passagem de um ciclone tropical.

    Nos últimos dias, a Enel foi multada em R$ 165,8 milhões pela Aneel e em R$12,7 milhões pelo Procon por causa falhas na atuação do apagão de novembro, a Enel

    Entre novembro e fevereiro, a empresa foi alvo de diversos questionamentos. Além das multas, a empresa viu o prefeito de São Paulo cobrar uma investigação e o cancelamento do contrato no Tribunal de Contas da União (TCU). Foi também alvo de questionamentos no Tribunal de Contas do Município.

    Foi alvo até de uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo.

    Veja abaixo a nota enviada pela empresa às 17h desta quarta-feira (14):

    A Enel Distribuição São Paulo informa que já normalizou o fornecimento de energia para mais de 96% dos clientes afetados pelas fortes chuvas que atingiram a área de concessão na noite desta terça-feira (13). A companhia acionou imediatamente o plano operativo para contingências e, em função da previsão de novas chuvas, dobrou as equipes em campo que seguirão trabalhando para restabelecer o serviço a todos os clientes o mais rapidamente possível em caso de quedas de energia.