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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    Análise: Quaest mostra que ato de Bolsonaro pregou para convertidos

    Pesquisa revelou que quatro a cada cinco eleitores de Lula não acharam que ato serviu para fortalecer ex-presidente

    A manifestação pró-Bolsonaro no último domingo (25), que mostrou a avenida Paulista lotada em imagens gravadas por quatro câmeras e um drone, não conseguiu fazer o que muitos esperavam: furar a bolha do bolsonarismo.

    A pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (28) revela que apenas um a cada cinco eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu maior ao descer do trio Demolidor no coração da maior cidade do país. Metade deles, aliás, apontaram que o capitão reformado até se enfraqueceu.

    O discurso de 23 minutos, no entanto, serviu para fortalecer a base. Quatro a cada cinco pessoas que votaram em Bolsonaro disseram aos pesquisadores que ele saiu ganhando.

    Mas isso também não é novidade. Faça chuva ou faça sol, com ou sem prisão, a fatia do eleitorado mais fiel a Bolsonaro está calcificada.

    É o que mostram as pesquisas feitas desde o período de flexibilização da pandemia. O percentual segue inabalado seja com eventos negativos — como as operações da Polícia Federal mirando o capitão, seus filhos e aliados —, e até mesmo positivos, como o ato do último domingo.

    “O ato de domingo só reforça a tese de que vivemos um país de polarização calcificada. Se por um lado, o eleitorado bolsonarista saiu contente e mais forte, em nada mudou a opinião dos eleitores de Lula”, disse à CNN o diretor da Quaest, Felipe Nunes. Ele contabiliza que esse grupo represente 35% dos eleitores — o mesmo patamar de partida de Lula, aliás.

    A pesquisa ainda mostra que Bolsonaro não está sofrendo perseguição na avaliação de 53% das pessoas e que 50% veria uma prisão dele como sendo justa. Os próprios aliados do ex-presidente reconhecem que esta possibilidade está na mesa.

    Aliás, como mostrou a CNN, foi justamente a chance de ser preso que levou Bolsonaro a topar subir no trio do pastor Silas Malafaia.

    E justamente pelos eleitores adeptos ao bolsonarismo presentes no ato, nas pesquisas e nas redes, a expectativa dos aliados é de que, em sendo preso, Bolsonaro conseguiria mais uma vez reunir uma multidão, já que, a sólida base de apoio, mesmo nas maiores tempestades políticas, tem se mostrado impermeável.