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    Pedro Duran
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    Pedro Duran

    O pai do Benjamin passou pela TV Globo, CBN e UOL. Na CNN, já atuou em SP, Rio e Brasília e conta histórias das cidades e de quem vive nelas

    “Sem socorro financeiro, teremos um colapso”, diz prefeito de Canoas (RS) à CNN

    Prefeitura da cidade, na região metropolitana de Porto Alegre, pediu auxílio ao governo federal

    Com previsão de perda na arrecadação do ICMS, inadimplência no IPTU e gastos não previstos para esvaziar a cidade, o prefeito de Canoas disse à CNN que sem o devido auxílio financeiro do governo federal, a cidade pode ter uma segunda tragédia.

    “Se não tiver socorro do governo federal, pode haver uma segunda tragédia, que seria o colapso das contas públicas. Eu conversei com o Pimenta sobre isso, com o Waldez, com o Haddad. No meu primeiro pedido eu solicitei R$ 53 milhões, eles aprovaram R$ 5,8 milhões. Eu pedi pra revisar e eles disseram que vão revisar”, afirmou à CNN o prefeito Jairo Jorge (PSD).

    Canoas está situada na região metropolitana de Porto Alegre e é um dos municípios mais afetados pelas enchentes do início do mês. A arrecadação anual da cidade gira em torno de R$2,2 bilhões.

    Só de ICMS, o imposto sobre a venda de produtos, a perda para os cofres do município deve ser de R$ 179 milhões. O valor é dividido em duas partes: 75% vai para o governo estadual e outros 25% para o município.

    Enquanto isso, a cidade estima gastar cerca de R$90 milhões apenas na operação de limpeza, que deve durar três meses.

    “Terei perda de ICMS, tem escolas danificadas, prédios públicos que precisam ser reconstruídos e uma média de 80% de inadimplência do IPTU. Então eu tenho uma perda de arrecadação e um aumento do gasto extraordinário, mais despesa e menos receita”, afirma o prefeito.

    Das oito casas de bombas, 6 pararam de funcionar. Ao todo, 41 escolas das 83 estão danificadas e 19 unidades de saúde também tiveram problemas. Para piorar, há ainda os danos das empresas, uma vez que 40% do parque industrial da cidade foi alagado.

    Em nota, o Governo Federal diz que “tem trabalhado para viabilizar recursos para o Rio Grande do Sul de várias formas, por meio de suspensão de pagamento de dívidas, fundo garantidor, antecipação de benefícios, liberação agilizada de recursos para ações de socorro e assistência às vítimas realizadas pelos municípios, entre outras”.

    Ressaltam, no entanto, que estão previstas novas medidas uma vez que “a real dimensão do impacto econômico ainda está sendo mensurada”. Os questionamentos sobre a situação específica de Canoas não foram respondidos.