Três partidos brigam pela vaga de vice de Alexandre Ramagem no Rio
União Brasil, MDB e Republicanos disputam estar na chapa do candidato escolhido por Jair Bolsonaro
O Partido Liberal do Rio de Janeiro decidiu entregar o posto de vice de Alexandre Ramagem para um partido aliado na corrida municipal da capital fluminense.
A decisão põe fim a uma divergência interna entre os que queriam alguém puramente bolsonarista, um nome ideológico, com as bandeiras da direita, e o grupo que defendia prestigiar a aliança – que acabou vencendo a queda de braço.
Três partidos agora disputam espaço para compor a chapa com o deputado federal do PL, Alexandre Ramagem: o MDB, o União Brasil e o Republicanos. Todos eles têm grandes patrocinadores e a opinião de Ramagem pode ser decisiva na escolha.
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem seu nome preferido, de acordo com interlocutores. É o de Alexandre Isquierdo, vereador da capital e aliado de primeira hora do pastor Silas Malafaia, que foi organizar das últimas manifestações pró-Bolsonaro em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Pastor evangélico, Isquierdo tem bom trânsito na Câmara de Vereadores e na política carioca.
Mas o União Brasil, partido do vereador, ainda não decidiu seu caminho. Ainda há quem defenda que o deputado Rodrigo Amorim deveria ser candidato, para garantir poder de fogo contra Eduardo Paes (PSD), prefeito e favorito na disputa segundo as pesquisas.
Amorim, que ficou conhecido por quebrar a placa de Marielle Franco, seria “a ponta de lança” na disputa, fazendo críticas a Paes, que Ramagem, numa posição mais moderada, não faria.
MDB e Republicanos também entraram na disputa. Os dois defendem o nome de mulheres para compor a chapa do deputado federal bolsonarista.
Do lado do MDB, a escolha seria por Rosane Felix, ex-deputada estadual. Ela tem o apoio de Washington Reis, ex-prefeito de Duque de Caxias que chegou a ser cogitado como vice na campanha do governador Cláudio Castro.
Já o Republicanos defende o nome da deputada estadual Tia Ju. Também evangélica e mulher, ela poderia ajudar a atrair ao policial federal votos mais conservadores, especialmente na região metropolitana do Rio de Janeiro.
O martelo ainda não está batido. Depende de Ramagem e Bolsonaro a escolha daquele que deve compor a chapa. Pelo menos por enquanto, a ala mais pragmática do PL tem ganhado a batalha defendendo a presença de um aliado de outro partido para prestigiar a coligação.